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Devido a industrialização, periferia de Salvador concentra 45,5% do PIB, aponta estudo

Devido a industrialização, periferia de Salvador concentra 45,5% do PIB, aponta estudo
Foto: Agência Brasil
Beneficiados pela migração das indústrias do centro para cidades vizinhas, os municípios da periferia das 15 maiores regiões metropolitanas brasileiras, aos poucos, alcançam desenvolvimento econômico compatível com o das principais cidades. De acordo com estudo do Conselho Federal de Economia (Cofecon), os municípios da periferia de Salvador concentram 45,3% do Produto Interno Bruto (PIB) da região metropolitana. Em outras localidades, segundo o levantamento, os municípios de periferia concentram mais de 50% do PIB da região metropolitana, superando as cidades principais: Campinas, em São Paulo, com 61,2%, Porto Alegre (59,5%), Belo Horizonte (57,0%), Recife (52,7%) e Vitória (52,7%). De acordo com informações da Agência Brasil, as 15 maiores regiões metropolitanas do Brasil, responsáveis por 40% da população e 50% do PIB nacional, têm nível de desenvolvimento econômico maior que o do restante do país. O PIB per capita dessas regiões é 30% superior à média nacional. “A indústria é o fator decisivo. Onde existe atividade industrial há mais desenvolvimento. A diferença é que esse processo está chegando às periferias”, afirmou o vice-presidente do Cofecon, Júlio Miragaya, autor do estudo. Em relação ao PIB per capita, quando se divide esse indicador pela população de uma região, o estudo revelou equilíbrio entre a periferia e o núcleo das regiões metropolitanas. Em oito regiões – São Paulo, Recife, Porto Alegre, Fortaleza, Belém, Goiânia, Curitiba e Campinas –, o PIB per capita da periferia ficou entre 70% e 95% do registrado nas cidades principais. Em Salvador (229,2%) e Belo Horizonte (119,4%), o PIB per capita das cidades periféricas foi maior que o dos núcleos por causa do Pólo Petroquímico de Camaçari, na Bahia, e de municípios fortemente industrializados ao redor da capital mineira, como Betim, Contagem e Nova Lima. Mesmo assim, o autor do estudo ressalta a limitação do PIB por habitante para medir a qualidade de vida. "PIB per capita não indica qualidade de vida. Na Bahia, existe uma indústria intensiva em capital em municípios com população pequena em relação a Salvador. A produção é alta, mas isso não indica necessariamente que o dinheiro é revertido para as populações locais", explicou Miragaya.