Veronica Bolina sofreu mais por ser negra e travesti, diz presidente da Atras
Por Alexandre Galvão
Fotos: Reprodução/Facebook e Divulgação/Defensoria Pública
A agressão sofrida pela travesti Veronica Bolina, em São Paulo, deixou a presidente da Associação das Travestis de Salvador (Atras) indignada. Contatada pelo Bahia Notícias, Millena Passos disse que, por ser negra e travesti, Bolina sofreu ainda mais. “Ser mulher no Brasil é uma coisa muito difícil. Agora imagine a pessoa que nasce, biologicamente, homem, assume o gênero feminino e ainda é negra? É estigma sobre estigma. O preconceito só vai aumentando”, relatou. De acordo com Millena, o caso de Veronica “desperta um medo maior” em atitudes simples, como andar na rua, por exemplo. “Eu estou preparada para o mundo, né? Convivo com isso diariamente, mas, de vez em quando ainda todo um susto. O que mais me revolta são pessoas que são vítima de preconceito (como negros, gays...) e reproduzem atos de inferiorização”, afirmou.
Millena Passos | Foto: Reprodução/ Facebook