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Comitê solicita aumento da vazão para dissipar mancha no rio São Francisco

Comitê solicita aumento da vazão para dissipar mancha no rio São Francisco
Foto: Divulgação
Após a identificação de uma mancha de 25km no leito do Rio São Francisco pelo Instituto de Meio Ambiente (IMA), o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco concluiu que é necessário aumentar a vazão do mesmo, em reunião nesta terça-feira (14). “O rio São Francisco vem sofrendo gravemente com essa redução da defluência. A Casal está com o sistema de captação parado na região, devido a má qualidade da água. É lamentável a atitude da Chesf, que fez essa operação sem uma comunicação prévia”, disse o presidente da Companhia de Abastecimento de Alagoas (Casal), Clécio Falcão, em referência à abertura da comporta do reservatório Apolônio Sales, em Paulo Afonso (BA). Apesar da proposta de aumento de vazão, ainda não é possível estimar qual o nível mínimo adequado para garantir a dissipação da mancha. Essa definição depende do resultado da análise das amostras, que está sendo feita pelo IMA-AL, Casal, Chesf e Ibama. “Não vamos ser prematuros. Ainda não é possível afirmar, com absoluta certeza, a culpabilidade da Chesf nesse grave incidente”, ressalta Maciel Oliveira, secretário do Comitê.

A solicitação de aumento da vazão se baseia nos chamados ensaios, ou seja, estudos realizados pela Casal e que apontam ser essa a solução mais viável para retirar a mancha identificada atualmente no leito do rio. A Chesf defende a vazão atualmente praticada no Velho Chico, de 1.000 m³ por segundo, nos períodos de carga leve. “Se essa medida não estivesse sendo praticada, o reservatório estaria vazio. Hoje, o nível em Sobradinho é de aproximadamente 20%”, disse a representante da empresa, Patrícia Maia e Silva. Ela explicou, ainda, que a Chesf só irá se posicionar oficialmente após o resultado da análise das amostras de água. O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de Alagoas (MP-AL) anunciaram que tomaram medidas fiscalizatórias para o caso. O órgão federal abriu procedimento para investigar de quem é a culpa pelo problema, enquanto o MP alagoano abriu inquérito civil público, com o mesmo objetivo. Na quinta-feira da próxima semana (23.04) haverá nova reunião, também em Maceió, para dar prosseguimento às discussões, com vistas a encontrar solução para o problema.