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Devotos de outras cidades veneram Iemanjá em Salvador e falam sobre fé e preconceito

Por Francis Juliano/ Maria Garcia

Devotos de outras cidades veneram Iemanjá em Salvador e falam sobre fé e preconceito
Félix, de Ponto Novo-BA / Fotos: Joilson César / Ag. Haack / Bahia Notícias
Devotos de terreiros de umbanda e candomblé de municípios baianos atravessaram quilômetros de estrada para saudarem Iemanjá nesta segunda-feira (2) em Salvador, seguindo os caminhos da tradição. Entre os depoimentos captados pelo Bahia Notícias, fé e preconceito – sofridos pelos religiosos – foram palavras levantadas pelos adeptos das religiões de matriz africana. O devoto Cosme Félix, do terreiro de Oxóssi de Ponto Novo, centro norte baiano, diz que sofre preconceito em sua cidade por ser adepto à umbanda. Muitos de seus conterrâneos acreditam que a religião está associada a “coisa do mal”. “Queremos ser vistos na mídia para melhorar a visão do candomblé e da umbanda. Sabemos do poder que a imprensa tem”, afirmou Félix, durante os festejos à Rainha do Mar.
 

Florisvaldo Oliveira, de Cansanção-BA

De Cansanção, nordeste baiano, o terreiro Yle Axe Ogum Mege traz um ônibus cheio com 50 ocupantes para a festa de Iemanjá há três anos. O devoto do espaço religioso, Florisvaldo Oliveira, acredita o preconceito decorre da “desunião”. “Tem o preconceito, mas não é muito. Normalmente, é espalhado. Os terreiros teriam que se unir mais”, comentou.
 

Jurema Lima, de Feira de Santana
 
A umbandista do terreiro de Feira de Santana Pai Capangueiro, Jurema Lima, completa com a sua mãe 47 anos de vinda a Salvador como parte da tradição da casa religiosa onde frequenta.  “Aqui está a raiz. A gente vem para ter o fundamento, para pedir força, agradecer as realizações a cada ano que ela vem nos dando”, disse Jurema.