Rosemberg afirma que comissão recomendou análise de contratos após denúncia de Venina
Por Juliana Almirante
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) afirmou, em contato com o Bahia Notícias, que a comissão da Petrobras que apurou as denúncias da ex-gerente Venina Velosa da Fonseca não era responsável por investigar contratos da estatal, mas detectou problemas e recomendou a análise dos convênios. O atual líder do PT na Assembleia Legislativa da Bahia era assessor da presidência da companhia, à época chefiada pelo atual secretário de Planejamento do Estado, José Sérgio Gabrielli. Rosemberg presidia a comissão interna da estatal, que detectou irregularidades na gestão de Geovane de Morais, subordinado a Venina na área de Comunicação do setor de Abastecimento da empresa. “Ao final chegamos à conclusão de que vários prodecimentos da companhia tinham sido desrespeitados. Como o limite de competência para um gerente, que era R$ 50 mil e ele pagava acima disso. Ele também havia extrapolado o número de pagamentos de contratos pequenos”, explica o deputado. Geovane de Morais chegou a ser demitido, mas solicitou licença médica. Rosemberg diz que o colegiado recomendou que a Petrobras “adotasse mecanismos para que os mecanismos não fossem desrespeitados”. “Não era papel nosso adentrar pelos contratos, então indicamos isso. O desdobramento levou a demissão do gestor por justa causa. (...). Eu que fiz o trabalho para detectar os problemas que detectamos”, defende. Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, a ex-gerente Venina avisou a atual presidente da companhia Graça Foster, à época diretora de Gás e Energia, e Gabrielli sobre irregularidades em convênios na estatal.