Salvador é pior capital para empreender, aponta estudo

Salvador está no último lugar do ranking entre 14 capitais brasileiras que mais oferecem condições para empresas com alto potencial de crescimento – aquelas que crescem 20% ao ano em número de funcionários. Publicado na revista Exame, o estudo da ONG Endeavor analisou 50 indicadores nas cidades de Florianópolis (1º), São Paulo (2º), Vitória (3º), Curitiba (4º), Brasília (5º), Belo Horizonte (6º), Porto Alegre (7º), Goiânia (8º), Rio de Janeiro (9º), Manaus (10º), Belém (11º), Recife (12º), Fortaleza (13º) e na capital baiana (14º). Salvador concentra apenas 2% das empresas com alto potencial de crescimento sediadas nas capitais avaliadas no levantamento. A capital baiana ficou no penúltimo lugar no indicador de capital humano, que leva em conta a escolarização da população. Salvador tem a quarta mais baixa proporção de adultos com ensino superior completo entre as 14 cidades. Além disso, dos alunos que estão na faculdade, somente 19% frequentam cursos considerados bons pelos padrões do Ministério da Educação. Nos itens de crescimento econômico e atratividade de investimentos – que abrange índices como o Produto Interno Bruto (PIB) e renda per capita –, Salvador também ficou em penúltimo no ranking. A infraestrutura e a qualidade de vida oferecida à população soteropolitana também foi mal avaliada no levantamento. De 0 a 10, a cidade conquistou apenas 5,15 no índice que leva em conta a pavimentação de rodovias, número de voos diretos, acesso da população à internet, tempo de deslocamento da casa ao trabalho e taxa de roubos de veículos. A nota mais alta recebida por Salvador foi na chamada “cultura” de empreendedorismo. O quesito foi avaliado por pesquisa da Endeavor que ouviu 3.917 pessoas nas 14 capitais. A capital baiana levou 6,06, mas ainda ficou atrás de Manaus, que liderou o ranking com 8,21.