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Dilma admite responsabilidade em nomeação de ex-diretor preso na operação Lava Jato

Por Maria Garcia

Dilma admite responsabilidade em nomeação de ex-diretor preso na operação Lava Jato
Foto: Sérgio Seiffert/ TV Globo
A presidente Dilma Rousseff (PT) admitiu ter escolhido Paulo Roberto Costa para compor a direção do Abastecimento e Refino da Petrobras e alega sua extensa carreira na estatal como principal motivo da decisão. Em entrevista veiculada nesta segunda-feira (22) no programa matutino da TV Globo, Bom Dia Brasil, Dilma explicou que Costa já tinha 30 anos na empresa e fora presidente da GasPetro na época de gestão de FHC. “Como eu escolhi a diretoria, quando nomeei, eu o escolhi e é de responsabilidade minha [...] Foi uma surpresa [a prisão]. Se eu soubesse, ele estaria sumariamente demitido. Eu não compactuo com práticas ilícitas de corrupção. Principalmente pela minha trajetória política”, declarou a presidente. Ela considera o acúmulo de processos e investigações feitos pela Polícia Federal (PF) como um sinal de autonomia do órgão. “Tem dias que não teve. Antes do governo Lula, a PF não saia investigando o que passasse pela cabeça. Nós não varremos para baixo do tapete nenhuma das investigações”, enfatizou a também candidata a reeleição. Dilma não acredita que a sua estratégia de “terra arrasada” contra a sua maior adversária Marina Silva (PSB), seria uma forma de espalhar um tipo de “medo” entre os eleitores, e comentou que as propostas no programa eleitoral do partido socialista são inviáveis, como a redução no papel dos bancos estatais e a autonomia do Banco Central (BC). “Como é que vão financiar a infraestrutura do Brasil sem as taxas de juros dos bancos estatais? Não sai metrô nem VLT, e nem Minha Casa Minha Vida”. A gestora também acredita que a autonomia do Banco Central, outra pauta mantida por Marina Silva das propostas do antigo presidenciável Eduardo Campos, seria a formação de um “quarto poder”, momento em que os jornalistas argumentaram que a Procuradoria Geral também seria um órgão autônomo. As avaliações dos ensinos fundamental e médio aquém da meta foram reconhecidas pela presidente que afirmou resolver tal impasse, caso eleita, melhorando o ensino básico, aplicando testes, e investindo na alfabetização e no ensino integral. Os índices da economia foram mais uma vez tratados em entrevista, diante dos indicadores que apontam a diminuição dos níveis de emprego, de crescimento do PIB e aumento da inflação. A presidente não concordou com a avaliação de 'estagnação e inflação alta' dirigida ao seu governo e, segundo ela, foi prioridade do governo federal proteger emprego, salário e investimento ao apostar em uma retomada na economia a partir de total recuperação da economia internacional. "O que importa é que se os EUA evoluir bem, o Brasil precisaria de menos estímulos e ficar menos entregue às dinâmicas da economia. O país tem as menores dívidas do mundo. Não temos flanco externo. Recuperamos as condições de produção", comentou.