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Sem confronto diretos entre os principais candidatos, nanicos dividem holofotes no 1º bloco

Por Fernando Duarte/ Rebeca Menezes/ Luiz Teixeira

Sem confronto diretos entre os principais candidatos, nanicos dividem holofotes no 1º bloco
Eduardo Jorge (PT) perguntou a Dilma sobre as penitenciárias. Foto: SBT
Com um formato mais engessado, o primeiro bloco do debate entre candidatos à Presidência da República pelo SBT acabou dividindo os holofotes dos principais candidatos com os postulantes dos chamados partidos nanicos. Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB/Rede) se enfrentaram na primeira pergunta e, na sequência, apenas os nanicos trocaram perguntas entre si e com Dilma, Aécio Neves (PSDB). Eduardo Jorge (PV) escolheu a petista para atacar as condições das penitenciárias brasileiras. Segundo ele, o ambiente é de barbárie. Dilma, além de rebater, prometeu ampliar o ambiente de cooperação entre as polícias federal e estaduais e forças armadas. “É um erro em só investir na privação da liberdade, sem investir na reintegração dos presos”, criticou o verde. Dilma anunciou, então, que uma parcela do Pronatec deverá formar e recuperar presos. Em seguida, Luciana Genro (PSOL) questionou o Aécio se a defesa do fator previdenciário aproxima o tucano do PT. Sem responder diretamente à questão, Aécio sugeriu que as ações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foram essenciais para os governos que vieram na sequência. “Foi o último grande governo modernizador do país”, defendeu o correligionário de FHC. A socialista comparou PT, PSDB e PSB. “Nem o Aécio, nem a Dilma, nem a Marina. Os três privilegiam o interesses dos bancos e dos milionários”, criticou Luciana. Aécio criticou a política econômica do atual governo. “Vamos controlar a inflação e fazer o Brasil voltar à crescer”, defendeu.

O candidato Aécio questionou Eduardo Jorge quanto ao seu posicionamento sobre o momento econômico do Brasil, afirmando que “o atual governo fracassou na economia”. Jorge concordou com o tucano. “Esse é o legado que vai ter que ser resolvido. Nós não concordamos que esse controle da inflação tem que ser feito através de medidas como a bolsa Selic, que é dada ao oligopólio dos grandes bancos enquanto o trabalhador tem escassez de recursos, nós vamos abaixá-la. Perdemos a Copa do Mundo, mas somos campeões mundiais do pagamento de juros porque a indústria esta apoiada na bolsa Selic. Com o crescimento vamos poder ter políticas públicas”, afirmou. Neves replicou com informações sobre o crescimento negativo do Brasil em 2014. “Isso quer dizer que estamos sem emprego. Os dados de junho e julho foram os piores dos 10 anos, essa é a herança perversa desse governo. O Brasil precisa de um governo que controle a inflação”, insistiu o senador. Eduardo Jorge se disse surpreso com o tucano concordar, pelo menos em parte com ele. “Fico surpreso que o candidato Aécio concorde com meu ataque à bolsa Selic, já que ele foi generoso com os bancos e deixou à míngua o agronegócio e a família. Houve um aumento da renda no Brasil, mas foi ridículo se comparado ao mundo”, finalizou.

O candidato Levy Fidelix (PRTB) perguntou a Luciana acerca da política econômica do Brasil, além de afirmar que o governo paga 654 bilhões em juros aos bancos. “Esse problema da política econômica unifica os três candidatos principais, Dilma, Marina e Aécio. A conta de juros é o principal problema do Brasil, ano passado foram gastos quase R$ 90 bilhões de reais em uma política que só concentra a renda e prejudica os mais pobres, enquanto que a saúde recebe meio por cento do orçamento e enquanto os juros dão o dinheiro aos bancos. Nós queremos auditoria da dívida pública para apurar as irregularidades”, afirmou Genro. Levy então atacou Marina Silva por conta do seu relacionamento com a herdeira do banco Itaú, Neca Setúbal, que deve R$ 18 bilhões à previdência social. “Os irmãos siameses não querem e não vão resolver os problemas só querem o seu voto. O PSOL defende uma reestruturação da divida tributaria do Brasil. Quando era deputada propus que as grandes fortunas paguem uma alíquota de 5% ao ano”, finalizou Genro.

Marina Silva questionou como Pastor Everaldo (PSC) pretende enfrentar a falta de saneamento básico. “Nós sabemos que o pacto federativo está distorcido”, começou. Ele enfatizou que a família brasileira tem sido “vilipendiada” e disse que vai destinar recursos para que as prefeituras façam saneamento. Ele aproveitou ainda para citar o problema de segurança e afirmou que a população estava à mercê dos bandidos. “A família está sendo atacada em todos os sentidos”, criticou. Marina disse compreender que o tratamento de esgoto melhora a qualidade de vida das pessoas e a falta de saneamento pode, inclusive, prejudicar o aprendizado. Por isso, disse que buscará apoio privado para buscar iniciativas que resolvam o problema. O Pastor Everaldo reforçou, então, que essa é uma responsabilidade dos municípios e que, por isso, focaria nos investimentos municipais ao invés de tentar resolver na instância federal. O Pastor perguntou para Levy Fidélix, quais suas propostas para a segurança pública. O candidato mudou o rumo da resposta e começou a falar sobre a Petrobras. Depois, disse que a segurança é um dos principais problemas do país. Para ele, o aparato policial deveria receber mais para que pudesse “reagir” a esta situação. Disse, ainda, que combaterá o narcotráfico. Na réplica, o pastor disse que investirá em comunicação entre as polícias e prometeu “atacar, de imediato” a delinquência na rua, “para que aqueles que estupram, matam e roubam, saiam das ruas”. Prometeu, por fim, privatizar as penitenciárias, reduzir a maioridade penal e “encaminhar” a juventude para o esporte. “Aqueles que praticam a morte realmente precisam ser punidos pela lei”, concluiu.