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'Salvador há quatro anos tem redução no número de homicídios', diz Maurício Barbosa

Por Marcos Russo

'Salvador há quatro anos tem redução no número de homicídios', diz Maurício Barbosa
Foto: Cláudia Cardozo/ Bahia Notícias
O bairro do Uruguai, na Cidade Baixa de Salvador, recebe nesta quarta-feira (23) a 14ª Base de Segurança do Estado. Em entrevista ao Bahia Notícias, o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, defendeu o modelo de gestão. “As bases comunitárias fazem parte de uma política de segurança pública. Não é a única ação feita pelo governo nesses últimos quatro anos. A nossa intenção, dentro das diretrizes que criamos no plano estadual, é a prevenção com foco em áreas críticas. Na verdade, é um projeto que já veio adaptado à nossa realidade, e que foi feito também pelo Rio de Janeiro, de outras políticas de policiamento comunitário adotado pelo mundo”, comparou. As bases são inspiradas nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que funcionam em comunidades do Rio de Janeiro. A primeira da capital baiana foi implantada no bairro do Calabar, inaugurada no mês de abril de 2011. De acordo com Barbosa, a média de redução de crimes com as unidades passa de 50%. “A intenção é ocupar espaço onde atuam as principais quadrilhas de droga do estado. Elas têm suas bases territoriais, onde capitalizam com a maior rapidez. Nós escolhemos essas áreas, como Nordeste de Amaralina, Bairro da Paz, Fazenda Coutos, Rio Sena e, agora, estamos indo para o Uruguai. Temos outras no interior, como Itabuna e Porto Seguro, e isso tem dado resultado muito positivo. A média de redução do crime passa de 50%. No contexto geral é uma política muito eficaz”, avaliou.

O titular da SSP atribui a redução no número de homicídios, na capital, ao "sucesso" do programa. “A gente acredita que, por conta da instalação das bases, entre outras medidas, Salvador já aparece com redução de índices de homicídios. Salvador, há quatro anos, tem redução no número de homicídios. Para quem enfrentou duas greves, como tivemos, e ainda ter a redução, com certeza é porque essas medidas têm dado resultado”, considerou. Maurício Barbosa acredita que, independentemente do resultado das eleições “a própria filosofia das bases tem de continuar existindo”. “A polícia de aproximação é fundamental. Ela é a que dá mais resultado hoje, em âmbito internacional. O que as pessoas querem é uma polícia que respeite e entenda a realidade daquela comunidade. Que ocupe o espaço que hoje o tráfico de drogas ocupa em algumas localidades e que permita que os serviços essenciais e que outros direitos entrem nessas comunidades”, ponderou. O chefe da Segurança Pública fez ainda um paralelo com a unidade que funciona no Nordeste de Amaralina. “Nós temos hoje a base no Nordeste de Amaralina. Pergunta como está a coleta de lixo lá, em alguns períodos da semana. Pergunta se alguns outros serviços que vão mudar a cara da comunidade entraram. Ou as coisas andam ‘pari passu’ com a segurança ou vai ficar muito desgastado, polícia-comunidade, comunidade-polícia. E aqui não é nenhuma crítica a quem quer que seja. Eu acho que o estado, como um todo, tem que entrar. Tem que entrar coleta de lixo, saúde, educação. Todo o estado tem que entrar”, externou.