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Após visita à cela de Dirceu, deputado afirma que ele não tem regalias

Após visita à cela de Dirceu, deputado afirma que ele não tem regalias
Foto: Divulgação
Integrante do grupo que realizou visita à cela de José Dirceu no Complexo Penitenciário da Papuda, organizada pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL), relatou o que foi visto durante a diligência. "De forma pessoal, constatei que o senhor José Dirceu não goza de qualquer das “regalias” apontadas pela imprensa e que serviram de justificativa para o STF lhe negar o direito a um trabalho fora", disse. O relatório oficial da comitiva ainda não foi divulgado pela Casa. Ainda nesta quinta-feira (1º), os parlamentares oficiaram à Justiça do Distrito Federal sobre o vazamento de um vídeo gravado durante a inspeção, que contrariou a determinação judicial de que imagens de qualquer tipo não poderiam ser feitas. Segundo Wyllys, a visita não tinha como objetivo melhorar as condições de vida do ex-ministro da Casa Civil na prisão, mas sim, verificar a existências de supostas regalias já denunciadas, além de recolher dados sobre a situação dos presos paraplégicos e transexuais. Sobre o fato de o petista estar separado dos outros presos, ele explica que se trata de uma política carcerária, que visa proteger presos de casos com grande repercussão e ao mesmo tempo, evitar rebeliões e motins. Em relação às visitas frequentes do advogado, Wyllys afirma que a determinação para todos os internos é de autorizá-las no dia e na hora solicitada, e que Dirceu difere dos outros presos pelo fato destes, “em sua quase totalidade pobre, jovem e negra”, não ter acesso à Justiça.
 

Além disso, a ida dos advogados seria diferente por motivo de segurança, já que ele é mantido distante dos outros apenados. O parlamentar também informou que a presença de uma cantina na unidade justifica a realização da feijoada, que fez o também condenado do mensalão, Delúbio Soares, perder o direito a trabalho externo. Já quanto às frutas recebidas por Dirceu no café da manhã, Wyllys explica que “só as recebem os presos com dietas recomendadas pelos médicos e profissionais de saúde que os atendem, como o caso de Dirceu”. No que diz respeito ao ponto mais polêmico, que é o suposto uso de celular pelo ex-ministro, em uma ligação feita para o secretário da Indústria, Comércio e Mineração da Bahia, James Correia, a informação é de que os gestores da Papuda “negaram peremptoriamente” a denúncia, apesar de reconhecer que apesar do scanner humano, aparelhos que não foram detectados, devido “aos tamanhos e as levezas dos novos aparelhos celulares” já foram encontrados no presídio. Por fim, quanto ao conforto da cela de Dirceu, Wyllys afirma que é possível constatar que o espaço foi adaptado de uma cantina que funcionava no local e que tem capacidade para 8 pessoas, mas abriga 11. Ainda de acordo com o deputado, o petista estava sozinho no momento da visita porque os outros estavam no trabalho, permitido pelo regime semiaberto. Apesar de limpa, a cela tinha infiltração. Uma TV pequena foi encontrada, mas, segundo o parlamentar, em outras celas foi visto maior conforto, com sanduicheira, fogão e microondas.O chuveiro não foi testado, logo não foi possível verificar se é mesmo servido de água quente.