Empresa nega trabalho escravo em navio de luxo
Foto: Rogério Paiva / MPT-BA
A empresa MSC Crociere negou neste sábado (5), por meio de nota, que tenha submetido trabalhadores a condições análogas a de escravos em seus navios no Brasil. Na última terça (1), procuradores e auditores fiscais do Trabalho resgataram 11 profissionais que seriam submetidos a jornadas exaustivas e não teriam direito a folgas. Segundo a nota, durante a temporada 2013/2014 seus quatro navios que estiveram no Brasil passaram por "intensas e repetitivas" inspeções do Ministério do Trabalho e, além disso, o órgão teve acesso a "milhares de folhas de documentação" e entrevistou tripulantes. Depois desses procedimentos, diz o texto, foi solicitado o desembarque de 13 tripulantes sob a alegação de irregularidades na jornada de trabalho, quando dois decidiram permanecer a bordo. "A MSC Crociere está em total conformidade com as normas de trabalho nacionais e internacionais e está pronta para colaborar com as autoridades competentes. Sendo assim, a MSC repudia as alegações feitas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, do qual não recebeu nenhuma prova ou qualquer auto de infração”, defende.
A MSC informa ainda que os navios em operação no Brasil empregam 4.181 tripulantes, dos quais 1.243 brasileiros.