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Prisões por tráfico de drogas crescem 30% no país, mas vendas não são afetadas

O número de presos condenados por tráfico de drogas no Brasil cresceu 30% nos últimos dois anos, índice três vezes maior do que o crescimento global da população carcerária do país no mesmo período. Os presídios brasileiros abrigam 138.198 traficantes, um quarto de todo o contingente mantido em regime fechado – 548.003 homens e mulheres. Reportagem do jornal O Globo mostra que os dados não são vistos como uma vitória do Estado contra o narcotráfico. Segundo o juiz paulista e integrante do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), Luís Lanfredi, 90% dos presos são pequenos traficantes, sem antecedentes criminais e vínculos com o crime organizado. A prisão dos chamados “varejistas” do narcotráfico tem pouco impacto sobre o comércio das drogas. Depois de presos, os criminosos são rapidamente substituídos por outros e os negócios seguem no mesmo ritmo. Embora não disponha de dados estatísticos de âmbito nacional sobre a legião de jovens de baixa renda cooptados pelo tráfico, Lanfredi fala com conhecimento de causa. O número de presos condenados por tráfico começou a aumentar a partir de 2006, após a aprovação da nova lei antidrogas. Segundo juízes e especialistas no assunto, as novas regras, aparentemente mais flexíveis, facilitam a prisão e a condenação de quem, de alguma forma, se envolve com a venda de drogas. A pena mínima para o tráfico subiu de três para cinco anos, o que inviabiliza a aplicação de medidas alternativas à cadeia.