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Wagner nega contraproposta do Estado para professores: ‘Eu acho que o passo tem que ser de lá para cá’

Por Evilásio Júnior / Leonardo Martins

Wagner nega contraproposta do Estado para professores: ‘Eu acho que o passo tem que ser de lá para cá’
Foto: Carol Garcia / Secom-BA
O governador Jaques Wagner (PT), em entrevista coletiva na Governadoria, nesta sexta-feira (4), descartou a possibilidade de o Estado tomar outra atitude para impedir a sequência da greve dos professores, iniciada no último dia 11 de abril, além da aprovação dos projetos aprovados na Assembleia Legislativa, que concederam aumentos de 3% e 4% para a categoria. Embora a classe reivindique um incremento de 22,22%, conforme o piso nacional estabelecido pelo Congresso em março, o chefe do Executivo estadual argumenta que os pagamentos feitos a partir das novas leis já superam o valor, que “está longe do fim da fila”. Ele justifica que além de o orçamento baiano ser o 25º per capta do país, ainda precisa negociar com outros grupos de servidores. “Eu preciso fazer concurso de polícia. Eu acabei de formar 1,8 mil policiais. Isso tudo entra na folha. Vai ser custo. Tem o reajuste dos policiais do fim do ano. Tem outras categorias que estão negociando. Então, não tem só professor. Eu acho que o passo tem que ser de lá para cá”, apostou. Segundo o petista, a reclamação dos grevistas de que haveria verba de outros setores que poderia ser remanejada para atender ao pleito é inviável. “Eu não tenho espaço fiscal para fazer [aumento] e eu não vou fazer loucuras. As pessoas às vezes falam: ‘ah, corta isso, corta aquilo’. São gastos separados. O que se gasta de investimento é uma coisa e o que se gasta com pessoal é outra coisa. É o custeio. Uma coisa não interfere na outra. O fato de construir estrada não tira dinheiro do salário dos professores”, exemplificou. Wagner clamou ainda que, na assembleia dos docentes na próxima segunda (7), seja decretado o retorno dos profissionais às salas de aula para que sejam discutidos os dias parados e a reposição. “Eu acho incrível, inclusive, que alguém tenha dito que não vai repor as aulas. Querendo o quê? Macular o ano letivo dos meninos? Prejudicar a população mais carente do estado?”, indagou.