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Fábrica que empregava escravos vendia para Zara

Foto: Divulgação

Loja de departamento possuía peças confeccionadas por imigrantes explorados

Duas pequenas fábricas de confecção localizadas na Grande São Paulo foram flagradas pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE-SP) a empregar 15 pessoas (a maioria imigrantes) em regime de semiescravidão. Parte da produção atendia à marca Zara, pertencente ao grupo espanhol Inditex. De acordo com a publicação do sítio Repórter Brasil, fiscais do SRTE flagraram por três vezes os funcionários em condições desumanas, o que enquadra a prática na considerada escravidão moderna. Além das contratações completamente ilegais, foi constatada também a prática de trabalho infantil, condições degradantes, jornadas exaustivas de até 16h diárias e cerceamento de liberdade (os trabalhadores eram proibidos de deixar o local sem prévia autorização). “Por se tratar de uma grande marca, que está no mundo todo, a ação se torna exemplar e educativa para todo o setor”, afirma Giuliana Cassiano Orlandi, auditora fiscal que participou da ação. De acordo com ela, a descoberta ajuda também na informação ao consumidor de que marcas de luxo também podem estar atreladas a condições desumanas de produção. “Mesmo um produto de qualidade, comprado no shopping center, pode ter sido feito por trabalhadores vítimas de trabalho escravo”, explica. A Zara informou que a terceirização foi irregular e que trabalha para reparar o erro administrativo.