Durante UPB Debate, prefeitos discutem repasse da união e avanços na saúde pública

“Novo modelo de pactuação de saúde já” foi o tema de destaque no UPB Debate, evento da União dos Municípios da Bahia que ocorreu nesta segunda-feira (29). Para o presidente da UPB e prefeito de Bom Jesus da Lapa, Eures Ribeiro, os gestores e o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) devem visitar hospitais regionais para avançar em questões de saúde pública e evitar levar a culpa de problemas da alta complexidade. "Não é nossa responsabilidade", afirmou. Um dos maiores problemas enfrentados na hora de fazer um pacto em prol da saúde é que os prefeitos ficam entre dificuldades impostas pela União, que faz um subfinanciamento e não representa nem 10% do custo que os municípios têm com a saúde, e pelo Estado, que está com diversos repasses em atraso. “Estamos falando de um financiamento federal insuficiente. Fala-se que não houve alteração com o teto de gastos. Houve sim. Se nós acompanharmos o que aconteceu ao longo de 20 anos com o investimento federal na saúde, a União sempre gasta o piso e aí transformou o piso em teto", explicou o promotor de justiça do MP-BA, Rogério Queiroz. Para ele, com a Emenda Constitucional 95 de teto de gastos, após 20 anos, o resultado será a compressão e escassez dos recursos federais. “É necessário buscar o melhor rumo para os municípios. Eu sou presidente da UPB, não sou nem de situação, nem de oposição. Sou municipalista e defendo os municípios, independente de posição. Enquanto eu estiver na presidência da UPB, este será o meu lema”, reafirmou Eures. O evento ocorreu no auditório Prefeito Lomanto Junior, localizado na sede da UPB, em Salvador e compareceram prefeitos e secretários de saúde de diversos municípios do estado.