Camaçari: Secretarias querem desburocratizar estrutura para ‘tranquilizar mercado’

Com foco no empresariado, secretarias da prefeitura de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), pretendem atuar de maneira bem sincronizada. É o que estabeleceram Juliana Paes – da pasta de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente – e Sérgio Vilalva, que responde pelos setores de Desenvolvimento Econômico e Turismo. O primeiro foco é sobre quem já investe na cidade e em seguida sobre quem quer aportar no município, conhecido nacionalmente pelo polo industrial. “É preciso atrair novos investimentos, mas é importante cuidar bem daqueles que já estão lá. Em um passado recente, vários investimentos abandonaram Camaçari”, conta Vilalva, que acrescenta que as secretarias trabalharão no conceito técnico e não político, mesmo tendo inspiração na gestão ACM Neto, em Salvador. Para os gestores, outro ponto que deve ser atacado é o ambiente de burocracia. Juliana Paes – que já atuou no planejamento urbano da capital – pretende organizar a ocupação do solo e tornar célere as licenças ambientais, além de dar, como fala, “segurança jurídica” para a instalação de empresas na cidade. A ideia é criar um atrativo para novos empreendimentos, como os imobiliários. Segundo ela, a realidade da pasta quando assumiu a função não beneficiava a interlocução com o mercado. “Nós encontramos um ambiente muito negativo, você não tinha informação, não sabia o que era viável. A gente quer construir um ambiente de oportunidade, onde o investidor chegue e não seja visto como algo ruim. Muito pelo contrário, que ele venha, obedecendo regras e critérios, e que o poder público possa ser um agente regulador”, afirma. Um projeto, intitulado “Avança Camaçari”, será lançado nos próximos 60 dias, para estimular a interação da prefeitura com o mercado e a sociedade civil. “Esse projeto deve contemplar todas as iniciativas que a gente quer fazer. Vai dizer como vamos atacar o desemprego, a desburocratização”, disse.  Vilalva, reforça, que quer “tranquilizar o empresário” no final das contas. Como parte dos ganhos de gestão, os secretários contabilizam a vinda e instalação de uma termelétrica, com aporte de R$ 90 milhões, que deve ter as obras iniciadas ainda em 2017.