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Sítio do Mato: prefeito justifica atraso de 13º por governo federal ‘brincar de saúde'

Por Bruno Luiz

Sítio do Mato: prefeito justifica atraso de 13º por governo federal ‘brincar de saúde'
Prefeito Alfredo Magalhães | Foto: Divulgação
O prefeito do município de Sítio do Mato, na região do Velho Chico, acusa o governo federal de "brincar em fazer saúde com municípios pequenos". Alfredo Magalhães (PDT) afirma não ter dinheiro em caixa para pagar o 13º salário dos servidores da Saúde. A confirmação sobre os apuros financeiros vividos pelo erário municipal contradiz a denúncia do diretor do Sindicato dos Servidores Públicos do município (Sinspub),  Alisson Santos Souza, de que os servidores municipais de todas as áreas, à exceção da Educação, estariam sem receber o 13º. Segundo Magalhães, a culpa pela falta do pagamento da gratificação de Natal é de “tia Dilma” Rousseff, que destinaria apenas R$ 21 mil para a Saúde do município de 13.320 habitantes, de acordo com dados do ano passado do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). “Estamos providenciando dentro do prazo rápido. Nós não conseguimos pagar servidores da área da Saúde. O recurso é muito apertado”, afirmou em entrevista ao Bahia Notícias. Na versão do presidente do Sinspub, entretanto, o gestor não cumpriu com a promessa de pagar o provento adicional dos funcionários até o dia 30 de dezembro. Desde a quebra do acordo, ele não teria dado mais satisfações aos serventuários sobre como a situação ficaria. “Ele não pagou e não respondeu às categorias. Ele se nega a dialogar com a categoria, não deixou as portas abertas para a gente. As categorias estão revoltadas”, afirmou Souza. Ele também denuncia que servidores da Administração, Agricultura e Conselho Tutelar estariam sem receber, além do décimo-terceiro, os vencimentos de dezembro, algo que o prefeito nega. “Não procede. O salário está pago em dias, está 100% pago”, assegura. Alisson também acusa Magalhães de realizar dois dias de uma festa que teria custado aos cofres R$ 423,8 mil, nos últimos dias 8 e 9 de janeiro, mesmo alegando não ter verba para pagar os salários dos servidores. “Os servidores se sentem lesados, em função da prioridade do gestor de fazer festas e não pagar salários”, reclama. O gestor também rebateu esta afirmação. “A festa foi feita em janeiro. O gasto que você tem a partir de primeiro de janeiro é do Orçamento 2016, não tem nada a ver com o Orçamento do ano passado. A previsão foi de R$ 423 mil, mas foram gastos R$ 150 mil aproximadamente na festa”, afirma. Aparentemente sem acordo à vista, o presidente do Sinspub pretende levar o caso aos tribunais. Afirma que vai requerer na Justiça o pagamento do 13º dos funcionários municipais. “Fomos acionar o Poder Judiciário para fazer a cobrança desse 13º", assegura. Não é a primeira vez que o prefeito Alfredo Magalhães se envolve em imbróglio relativo aos vencimentos dos trabalhadores. Em janeiro do ano passado, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) realizou audiência pública com representantes da prefeitura, para tentar resolver o impasse da falta de pagamento dos salários de dezembro de 2014, o 13º e proventos do último mês de 2012, estes referentes a gestão de Danilson dos Santos, algo que foi alvo de representação feita pelo sindicato dos servidores municipais (leia aqui). Na época, a entidade imputou ao gestor a mesma acusação de agora: ter feito dois dias de festas, mesmo sem pagar seus funcionários.