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Lauro de Freitas: Obras no Rio Sapato geram conflito entre prefeitura e moradores

Por Bruna Castelo Branco

Lauro de Freitas: Obras no Rio Sapato geram conflito entre prefeitura e moradores
Rio Sapato, Lauro de Freitas / Foto: Reprodução
Uma obra realizada pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) no Rio Sapato, em Vilas do Atlântico, gerou reclamações entre membros da Associação de Moradores de Lauro de Freitas (Amova) nesses últimos dias. No momento, estão sendo realizadas obras de aprofundamento do rio para, posteriormente, ser feito um projeto de canalização. A Amova acusa a prefeitura de Lauro de Freitas e a Conder de fazer uma obra que será prejudicial para o município. A obra se trata da canalização das águas da Lagoa da Base, próxima ao Aeroporto Luis Eduardo Magalhães, para o Rio Sapato, que corta Vilas do Atlântico. De acordo com o vice-presidente da Amova, Mauro Cardim, o Rio Sapato não tem capacidade para aumentar sua vazão, já que, atualmente, transborda nas épocas de chuva. Ainda de acordo com Cardim, o rio já recebe toda a água fluvial e até esgoto de Vilas do Atlântico e Ipitanga e, para ele, a canalização das águas da Lagoa da Base deixará o rio mais poluído do que já está.
 

“A gente cobra que o prefeito hoje tenha pulso firme para lidar com esse problema”, afirma Mauro Cardim / Foto: Reprodução
 
Cardim também chegou a afirmar que a prefeitura municipal só veio tomar conhecimento sobre as obras da Conder, que recebeu verbas do Governo Estadual e do Ministério das Cidades para a drenagem, em uma reunião realizada com a associação de moradores na quarta-feira (15). “Eu acho que a prefeitura ficou meio atrasada nessa questão”, opina. O vice-presidente da associação disse que, caso o prefeito Márcio Paiva (PP) não tome uma atitude em relação ao caso, vai ficar “em uma situação difícil com os moradores de Vilas e Ipitanga”. “A gente cobra que o prefeito hoje tenha pulso firme para lidar com esse problema”, dispara Mauro Cardim. Em conclusão, Cardim questionou a escolha da Conder em realizar as obras no Rio Sapato: “o Rio Ipitanga é maior. Por que a obra não foi levada para lá?”.

Rio Ipitanga, Lauro de Freitas / Foto: Reprodução
 
Em resposta, a assessoria da Prefeitura de Lauro de Freitas negou a acusação de que não sabia das obras, já que o alvará foi concedido previamente. “A informação não procede. Como a prefeitura iria conceder um alvará sem saber sobre a obra? Seria um contrassenso darmos uma licença sobre algo que não temos conhecimento”, explica. Ainda segundo a prefeitura, o alvará foi concedido com a condição de que a Conder se comprometa a tratar a água que será drenada da Lagoa da Base até o Rio Sapato. “É uma obra de suma importância para o município, pois, dessa forma, o rio poderá parar de transbordar. Entendo a preocupação da Amova porque hoje há muita sujeira no rio, mas a obra trará resultados benéficos para a população, e é algo que não será feito da noite para o dia”, conclui. Se pronunciando sobre o caso, a Conder explicou que o objetivo é “possibilitar uma drenagem mais eficiente, evitando alagamentos”. Segundo dados levantados pela empresa, 163,5 mil moradores do município de Lauro de Freitas, principalmente no entorno do rio Sapato e da Lagoa da Base serão beneficiados com as obras.