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Aulas-show encerram com fusão de sabores e debate sobre produção local

Por Luana Ribeiro

Aulas-show encerram com fusão de sabores e debate sobre produção local
Os chefs Osmani Torres e Clodomiro Tavares| Foto: Tairine Ceuta
Com uma infinidade de pratos preparados à vista do público da Passarela da Vila, no centro de Itacaré, o terceiro dia e último dia de aulas-show do Festival Gastronômico Sabores de Itacaré encerrou com um verdadeiro banquete. A programação de palestras iria até o dia 21, mas de acordo com o secretário de Turismo do município, Júlio Oliveira, houve uma frustração da expectativa de receita de patrocínio, o que resultou no cancelamento das outras aulas. O evento, no entanto, segue normalmente nos 37 restaurantes participantes. Abriu a noite a apresentação dos chefs Clodomiro Tavares e Osmani Torres, que montaram uma mesa farta com ingredientes da terra.
 

O chef Clodomiro Tavares e seu prato com curuca | Foto: Divulgação
 
Entre os frutos do mar, o curuca, o polvo - em vinagrete com sumo de tangerina e de laranja kinkan trazida do Tocantins pelo chef Osmani - a lagosta em medalhão, servida em espetinho de cana-de-açúcar, e o aratu, que compôs o molho de um nhoque de batata-doce. Para Tavares, foi uma forma demonstrar a diversidade de produtos da região no momento de fazer um prato. "Você tem uma variedade de frutas, de legumes, de ervas, e aí vai para a parte de pescados, crustáceos. Com todo o frescor, o produto pescado há poucas horas. Ou a forma como é plantado, sem agrotóxico, isso aí não têm preço para a gente", afirmou. Seu companheiro de palco preparou um risoto com frutos do mar e um cuscuz, cozido em uma embalagem de margarina com o vapor de uma panela de pressão e servido com manteiga de garrafa trazida também de seu estado natal. A proposta foi "usar os pescados de Itacaré com um toque do cerrado".
 

O chef Don Fabrizzio Abbate (centro) | Foto: Divulgação

Encerrou a programação o chef siciliano Don Fabrizzio Abbate, que além de cozinhar, apresentou um vídeo sobre a produção local e entrevistou o agricultor rural Miguel Bonfim. "Fiquei impressionado com a atividade da agricultura familiar daqui de Itacaré", ressaltou. Apesar da ampla platéia - que incluiu estudantes do curso de Gastronomia da Ufba - Don Fabrizzio destacou a necessidade do aumento do público para iniciativas como a do festival. "Dentro da gastronomia existe, estudantes, chefs, um pouco de empresários... Mas precisamos trazer esse comprometimento para o público, que ainda está achando essa história um filme, não vida real". O chef, que tem um restaurante em Arraial da Ajuda, acredita que o incentivo às feiras livres pode trazer interesse para o universo dos alimentos e das panelas. "Sobretudo pressionar as prefeituras a abrir as feirinhas; as feirinhas na cidade tem que ser diárias, não pode ser uma vez por semana", aposta, com base no hábito que tinha na Itália de frequentar a feira diariamente, "nem que fosse para tomar um café". Atualizado às 18h51.