Zito Barbosa, prefeito de Barreiras
O balanço do Carnaval 2018 de Barreiras “não poderia ser mais positivo”, de acordo com Zito Barbosa (DEM), prefeito do município localizado na bacia do Rio Grande. Ao Bahia Notícias, o gestor comemorou o investimento de R$ 5 milhões nos 5 dias de festa que foram convertidos em cerca de R$ 20 milhões para a economia da cidade. “Além da diversão da nossa população, nosso objetivo [com o Carnaval] também era aquecer a nossa economia e atrair turistas”, contou. Durante a folia barreirense nomes como Daniela Mercury e Margareth Menezes passaram pela programação dos três circuitos. A festa é a primeira feita na cidade nos últimos três anos. Com a reestreia, Zito Barbosa espera continuar nos mesmos padrões nos próximos anos, mas nega a pretensão de um crescimento que ameace competir com o Carnaval da capital baiana. “Nós não temos interesse e condições de concorrer com o Carnaval da capital [Salvador]. A prefeitura investiu a quantia significativa na festa com objetivo de resgatar a credibilidade que já não tínhamos”, comentou o prefeito.
Qual o balanço que a prefeitura faz do Carnaval de Barreiras neste ano?
O balanço não poderia ser mais positivo. Nós superamos todas as nossas expectativas com público e com a qualidade da nossa segurança na festa. As pessoas que foram nos três circuitos se sentiram seguras e não tivemos nenhum incidente grave registrado. Mais de 200 mil pessoas estiveram nos circuitos nos 5 dias de Carnaval. Dessas pessoas 70% são de Barreiras, 19% de outras cidades da região e 11% de outros estados. Tivemos 93% de aprovação na organização e 90% de aprovação das atrações do Carnaval. A segurança teve 84% de aprovação. E outros itens como limpeza e trânsito obtiveram índices de 87% e 75%, respectivamente.
Com público superior a 200 mil pessoas e grandes atrações como Daniela Mercury e Margareth Menezes, podemos dizer que o Carnaval de Barreiras 2018 foi exitoso. Ainda sim, quais são as melhoras que a festa precisa para o próximo ano?
O nosso objetivo para o próximo ano é manter o nível e estabelecer um padrão a partir de 2018. Queremos continuar com as atrações baianas de peso na nossa festa, mas com compromisso de expandir o que já foi feito. Queremos fazer um Carnaval ainda maior do que foi feito neste ano. Tivemos 11 atrações baianas contratadas pela prefeitura além dos blocos e das 16 atrações locais. Quando perguntado se pretendem voltar no próximo ano, o 85% do público que veio para este Carnaval responde respondeu afirmativamente que sim, 11% diz que talvez e somente 3% diz que não.
Depois de dois anos sem a realização da festa em Barreiras, o objetivo de trazer a festa de volta é concorrer com o Carnaval de Salvador?
Nós não temos interesse e condições de concorrer com o Carnaval da capital [Salvador]. A prefeitura investiu a quantia significativa na festa com objetivo de resgatar a credibilidade que já não tínhamos. Nosso objetivo era resgatar essa festa tradicional no município e graças a Deus que conseguimos realizar o maior Carnaval de todos os tempos de Barreiras. O grande objetivo foi gerar renda para a nossa cidade. Investimos R$ 5 milhões no Carnaval, mas movimentamos cerca de R$ 20 milhões em Barreiras. Desse montante, R$ 15 milhões foi movimentado com compras e outras despesas e mais de R$ 4 milhões durante a festa. Isso gera renda e emprego, movimentando toda a nossa cidade. Além da diversão da nossa população, nosso objetivo também era aquecer a nossa economia e atrair turistas.
Que tipo de parcerias financeiras viabilizam o Carnaval no município?
Não tivemos parcerias com o governo do Estado. Para viabilizar a operação atraímos patrocínios, que ainda não são muito significativos, com uma cervejaria e com vendas de estruturas de camarotes e de barracas. Tudo isso ajudou na conta. Acreditamos que nos próximos anos teremos parcerias com o governo e com mais patrocinadores. Nossos planos preveem que nos próximos dois ou três anos a prefeitura não tenha que colocar uma quantia alta para a realização da festa.
Existe o plano de replicar os modelos de patrocínio que vemos no Carnaval de Salvador em que uma cervejaria compra o direito de ser a única a comercializar produtos dentro dos circuitos?
Neste ano não trabalhamos com vendas exclusivas. Fizemos propostas para algumas marcas e aquela que propôs dar um valor maior foi a que participou como patrocinadora. Não temos interesse em chegar ao ponto do modelo de Salvador. Queremos ter patrocinadores oficiais.
Em 2019 iremos assistir a uma alteração no número de dias de festa ou ainda no número de circuitos?
Não. O número de dias e de circuitos permanecerá o mesmo. O que devemos ter é um acréscimo de estrutura, de camarotes e de barracas. Acreditamos que vamos aumentar o público em função do sucesso deste ano.
Qual foi o maior desafio na hora de fazer este Carnaval?
O principal desafio foi conquistar a credibilidade das pessoas. Para isso contratamos as atrações de peso e fizemos isso com bastante antecedência. Anunciamos as atrações principais do Carnaval de Barreiras com 6 meses de antecedência. O outro grande desafios foi garantir à segurança da população nos tempos violentos que vivemos hoje em dia. O grande sonho era ter um Carnaval seguro e de paz e conseguimos.