Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

TSE definirá se mulheres têm direito a espaço em diretórios de siglas; BA tem média de 15%

Por Clara Gibson

TSE definirá se mulheres têm direito a espaço em diretórios de siglas; BA tem média de 15%
Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados

A ministra Rosa Weber, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidirá o rumo de uma consulta que pode ampliar a participação feminina nos partidos políticos. Enviada em agosto ao tribunal pela senadora baiana Lídice da Mata (PSB), a consulta questiona se a previsão de reservas para a candidatura de mulheres não deveria ser aplicada também em espaços de decisão nas Executivas nacionais, estaduais e municipais das legendas. 


Desde 2009, o TSE tornou obrigatório o número de candidaturas femininas, que deve ter um percentual mínimo de 30% para cada sigla. Mas mesmo com a medida, e mesmo que representem mais da metade do eleitorado do país (53%), as mulheres ainda não têm um espaço de participação efetiva em cargos de decisão nos partidos. 
 

Ao analisar a quantidade de mulheres nos diretórios estaduais na Bahia, é possível verificar que a presença feminina ainda é baixa. Das 31 siglas analisadas, de acordo com dados do TSE, apenas quatro (PMN, PMB, PT e PSOL) possuem mais de 30% dos cargos ocupados por mulheres. Seis (PV, Rede, PSD, PRP, PCdoB e PSDC) ficam entre 22% e 29%, e o restante não consegue passar de 18%. Três delas (PSL, PSC e PN) não possuem nenhuma mulher entre os membros de suas Executivas estaduais. No geral, a média de participação fica abaixo dos 15%.
 

Quanto aos cargos ocupados por elas nesses partidos, a maioria aparece apenas como membro do diretório, enquanto algumas ocupam alguma secretaria, principalmente as voltadas para as mulheres ou direitos humanos. Apenas quatro siglas (PMB, PMN, PT e PSTU) têm como vice-presidente um membro do sexo feminino, e apenas dois deles, PSB e PRB, têm uma mulher na presidência - Lídice e Tia Eron, respectivamente.