Reações dos filhos ao divórcio
Casamentos e relações de anos infelizmente podem se acabar e ninguém, em situações normais, se casa pensando na separação ou visando como agir caso aconteça. Mas o fato é que acontece e as vezes é a melhor alternativa.
Quando é uma relação que gerou filhos, tudo pode se tornar ainda mais complicado e doloroso do que poderia ser. E conforme a faixa etária das crianças ou adolescente eles reagirão de uma forma diferente e a maneira de ajudar também não será a mesma.
Segundo o doutor em psicologia e professor da universidade Walla Walla, nos Estados Unidos, Júlian Melgosa, é possível separar as idades nos seguintes grupos: menos de 5 anos, entre 5 e 8 anos, 8 a 12 anos e adolescentes de 12 a 18 anos. Para cada grupo uma ação:
Menos de 5 anos – dê carinho, mostre que não haverá abandono, explique onde e como vai morar, não fale mal do antigo parceiro e nem se irrite com alguma atitudes como urinar na cama. É uma das fases onde seus filhos podem se sentir mais assustados e acuados, para ele, será estranho ver o mundo dele se partir em dois.
Entre 5 e 8 anos – deixe seu filho seguro de que é amado e aceito, deixe claro que a separação não foi por culpa dele.
Entre 8 e 12 anos – busque conversar sobre o assunto, seja paciente, não fale mal de ninguém e seja sempre franco dentro do que a criança pode saber.
Entre 12 e 18 anos – ouça com atenção e carinho, não faça de seu filho ou filha confidente, se mantenha na posição de autoridade que deve ter e deixe claro que a existência ou ações dele não tem interferência com o divórcio.
Discussões e separação entre pais afetam diretamente a saúde dos filhos foi o que constatou a revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas). A Revista publicou uma pesquisa que sugere que filhos que viveram uma separação complicada dos pais tem suas saúdes fragilizadas, físico e emocionalmente até a idade adulta. Durante o estudo 201 adultos foram expostos a alguns vírus e constatou-se que aqueles que os pais que se separaram e que ficaram por pelo menos 3 anos sem se falar estavam mais vulneráveis a adoecer, do que os que tiveram uma infância diferente disso.