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Gallo vai recorrer de decisão que inocentou Kátia Vargas: ‘Justiça é só para negro e pobre’

Por Bruno Luiz

Gallo vai recorrer de decisão que inocentou Kátia Vargas: ‘Justiça é só para negro e pobre’
Foto: Betto Jr./ Ag. Haack/ Bahia Notícias

Os promotores Luciano Assis e Davi Gallo, responsáveis pela acusação contra a médica Kátia Vargas no Ministério Público da Bahia (MP-BA), afirmaram nesta quarta-feira (6) que irão recorrer da decisão que inocentou a oftalmologista pela morte dos irmãos Emanuel e Emanuelle Dias, após uma briga de trânsito na Avenida Oceânica, em 11 de outubro de 2013 (veja aqui). Em entrevista, Gallo se disse “envergonhado” com a sentença e chamou os quatro jurados que inocentaram a médica de irresponsáveis. “O sentimento é de total indignação por absolver uma pessoa que cometeu um crime bárbaro. É um absurdo. Como baiano, me sinto envergonhado. Justiça nesse país só para negro e para pobre”, bradou para o telejornal BATV, da Rede Bahia. Já Luciano Assis disse que a decisão contrariou até o que tinha pedido a defesa. Mais cedo, os advogados da médica chegaram a pedir que, caso ela não fosse absolvida, recebesse condenação por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. “Foi uma decisão manifestamente contra os autos. Vamos interpor recurso e esperar que o Tribunal de Justiça seja acolhido”, afirmou. No julgamento, encerrado na noite desta quarta, Kátia foi inocentada por 4 votos a 3. Emanuel, de 21 anos, e Emanuelle, de 23, morreram após a moto em que estavam bater em um poste na Oceânica, em Ondina. Kátia era acusada de ter colidido o carro na motocicleta propositalmente, causando o trágico acidente.