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Kátia Vargas: Primeira testemunha de acusação aponta que carro acelerou atrás de moto

Por Estela Marques / Ailma Teixeira

Kátia Vargas: Primeira testemunha de acusação aponta que carro acelerou atrás de moto
Foto: Cláudia Cardozo / Bahia Notícias

Primeira testemunha a ser convocada no julgamento da médica Kátia Vargas, Álvaro Lima Freitas Júnior foi ouvido em juízo na delegacia e também participou da reconstituição do crime. Ele é uma das cinco pessoas chamadas pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), que acusa a médica de duplo homicídio doloso pela morte dos irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes Dias após uma briga de trânsito, em outubro de 2013. Na sessão que acontece no Fórum Ruy Barbosa, nesta terça-feira (5), ele lembra que fazia caminhada na Avenida Oceânica quando avistou um veículo fazendo uma conversão nas proximidades do Salvador Praia Hotel. No depoimento, ele afirma ter visto o carro acelerar, seguindo a motocicleta, que estava “dentro dos parâmetros de velocidade da pista”. A testemunha disse que não viu os irmãos frearem a moto na frente ao carro, como dito por Kátia, mas sim darem "um tapa" na lateral do veículo da médica. Para Freitas Júnior, era uma "situação de reclamação". No entanto, sem usar o termo "perseguição", ele disse que o veículo acelerou atrás da moto. A partir desse ponto, ele conta que não foi capaz de observar o que aconteceu, exceto o acidente, mas se recorda que a saída do carro foi brusca. “Quando passei, já tinha algumas pessoas e eu vi dois corpos, um jovem estava mais próximo do poste e uma jovem com as pernas acima do passeio, do lado do asfalto”, pontuou. Ao ser questionado pelo promotor Davi Gallo, representante do MP-BA, se a condutora do veículo se parece com alguém presente no plenário, a testemunha confirmou que as feições são de Kátia. Por outro lado, a defesa insistiu na tese de que a testemunha não viu o carro "dar uma fechada" na moto, como apontado pela acusação. A testemunha também não soube responder a pergunta de uma jurada, que questionou qual foi a reação demonstrada pela médica no momento em que a motocicleta encostou-se ao carro. Freitas Júnior disse que não tinha visão da cena. Além dele, outras quatro testemunhas de acusação e cinco de defesa serão ouvidas ao longo do processo. Enquanto o advogado da família das vítimas espera que o julgamento se encerre na noite desta terça (5), a promotoria estima até três dias para a conclusão (veja aqui e aqui).