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MP-BA pede suspensão de travessia Salvador-Mar Grande e cassação de contratos

MP-BA pede suspensão de travessia Salvador-Mar Grande e cassação de contratos
Foto: Reprodução / Record BA

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) pediu a cassação dos contratos de concessão do serviço de transporte hidroviário firmado entre a Agência Estadual de Regulação de Transportes (Agerba) e as empresas CL Empreendimentos Ltda e Vera Cruz Transportes Marítimos Ltda. A promotora de Justiça, Joseane Suzart, ajuizou nesta sexta-feira (6), uma ação civil pública para pedir a cassação dos termos. A ação ainda requer, em caráter liminar, que seja suspenso o transporte hidroviário de passageiros realizados pelas empresas e que seja realizado, com urgência, uma pericia nas embarcações utilizadas por elas, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A promotora também pediu que a Justiça determine a realização de uma nova licitação para seleção de empresas que atendam aos padrões legais e técnicos necessários à realização do serviço. A ação é resultado de um inquérito para apurar a responsabilidade sobre a tragédia ocorrida em Mar Grande, com a embarcação Cavalo Marinho I, no último dia 24 de agosto. Se a Justiça aceitar a ação, poderão tornar-se réus a CL Empreendimentos e os sócios Lívio Garcia Galvão Júnior e Cleide Costa dos Santos Galvão; a Vera Cruz Transportes Marítimos Ltda, e os sócios Antenor Neto do Nascimento Paixão e Tânia Souza Paixão; a Associação dos Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab); a Socicam Administração, Projetos e Representações Ltda; o Centro Náutico da Bahia; a Agerba e o Estado da Bahia. Desde 2006, a promotora investiga a precariedade, inadequação, insegurança e os altos valores do serviço de transporte hidroviário de passageiros realizado entre Mar Grande e Salvador. Após a tragédia, foi confirmada as infrações como a não realização do controle do número de usuários que adentram as embarcações; a ausência de coletes salva-vidas em estado regular; o desrespeito ao direito à informação dos consumidores; o dever de assistência e socorro para os usuários; e condições higiênicas inapropriadas, lista Joseane Suzart. A ausência de contrato de seguro obrigatório foi outra irregularidade identificada pelo Ministério Público. O MP ainda pede que sejam corrigidas irregularidades estruturais nos terminais e em relação aos recursos humanos utilizados na prestação do serviço; e o pagamento de indenização aos usuários do sistema de transporte hidroviário que sofreram prejuízos materiais e morais em virtude do acidente, bem como para os familiares das vítimas.