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STF mantém prisão de Andréa Neves por receber dinheiro para o irmão

STF mantém prisão de Andréa Neves por receber dinheiro para o irmão
Foto: Divulgação
A prisão da irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Andréa Neves, foi mantida por três votos a dois na 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento ocorreu na tarde desta terça-feira (13). Andréa está presa desde o dia 18 de maio por ordem do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF. Foi analisado um pedido de liberdade interposto pela defesa de Andréa. O pedido foi relatado pelo ministro Marco Aurélio Mello, que votou pela revogação da prisão. A prisão dela foi mantida, pois a maioria dos ministros entenderam que as acusações são graves e a prisão é necessária. Os votos pela manutenção da prisão foram dos ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux. Apenas Alexandre de Moraes concordou com o relator. Segundo Barroso, os áudios entre Andréa e Joesley Batista mostram que o recebimento de dinheiro era habitual, por meio de caixa dois nas eleições de 2014. Barroso ainda se mostrou indignado que os fatos ocorreram no curso da Operação Lava Jato. Na sessão, Barroso disse que não gosta de manter ninguém preso, mas foi retrucado por Marco Aurélio. “Eu tenho satisfação de soltar, principalmente quando se trata de simples investigado e presente o princípio da não culpabilidade”, disse o relator. “Eu sofreria mais se prendesse ou deixasse de prender alguém por ser rico ou não ser rico”, rebateu Barroso. “O clamor público jamais será suficiente para justificar uma prisão, mas provas abundantes e contundentes, certamente sim”, acrescentou Barroso. Para Marco Aurélio, a prisão não era necessária e que, para sua manutenção, era necessário demonstrar que Andréa tentou, por exemplo, destruir provas ou atrapalhar as investigações. Antes da votação, a subprocuradora da República Cláudia Sampaio defendeu a manutenção da prisão de Andrea Neves, por ter recebido R$ 2 milhões de Joesley em nome do irmão senador. O advogado de Andrea, Marcelo Leonardo, afirmou que sua cliente foi acusada de ter feito o pedido do dinheiro em nome do irmão, e que não há fatos que indiquem que ela tentou atrapalhar as investigações.