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Ufba 'omite' TAC para reduzir turmas de direito para 60 alunos por três anos

Por Cláudia Cardozo

Ufba 'omite' TAC para reduzir turmas de direito para 60 alunos por três anos
Foto: Divulgação

A Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (Ufba) omitiu por três anos um protocolo similar a um “Termo de Ajuste de Conduta” (TAC) firmado com o Ministério da Educação (MEC), para melhorar sua estrutura e ensino, acusou um aluno da instituição. O documento, solicitado com frequência pelos alunos da instituição de ensino nos últimos anos, foi entregue ao Centro Acadêmico Ruy Barbosa (Carb) na última terça-feira (21). O TAC, assinado em janeiro de 2014, elencava medidas que deveriam ser adotadas e cumpridas até janeiro de 2015. Uma das medidas é a redução do número de estudantes por turma, saindo de 60 para 45. A redução vem prejudicando discentes, principalmente, os que estão prestes a colar grau. Em novembro de 2016, diversos alunos encontraram problemas para fazer a matricula pela redução de vagas. A estimativa, na época, é que 500 estudantes poderiam ser prejudicados com a norma (clique aqui e saiba mais). Uma fonte que preferiu não se identificar, ao Bahia Notícias, afirmou que a Faculdade de Direito ainda mascarou dados para o MEC, reduzindo o número de alunos atendidos e elevando o número de professores da instituição. A fonte preferiu não se identificar para evitar represálias. No TAC, a Ufba declara que são 1051 alunos e um quadro de 195 docentes, sendo desse total, 83 de dedicação parcial, 55 de regime integral e 57 em regime integral e de dedicação exclusiva. A fonte, entretanto, afirma que a Ufba tem cerca de 1800 estudantes, e que no número de professores de dedicação exclusiva não chega a dez, e que o total declarado seria uma estimativa, não um dado real. O Bahia Notícias foi informado que o número de alunos foi reduzido para garantir a qualidade do ensino e por não ter condições da Ufba abrir novas turmas. Em 2016, a Faculdade firmou uma parceria com a Carb para se manter as 60 matrículas por turma, mas que, na hora de fazer efetivá-las, os discentes foram informados que seriam apenas 45. Após conversas, foi garantido o reajuste de matrícula no chamado “lixão” e alguns universitários conseguiram se matricular presencialmente. A fonte reclama que a Coordenação do curso não aceita qualquer tipo de diálogo e que, tudo que se conseguiu, até então, foi por terem participado de reuniões. E que ainda há uma tentativa de limitar a seis o número de matérias simultaneamente que cada universitário pode cursar, por conta da falta de professores. A Ufba, no TAC, ainda declarou a existência do Núcleo de Prática Jurídica (NPJ) e sua intenção de expandir as atividades em seis meses. Entretanto, até hoje, a instituição de ensino não dispõe do núcleo. No documento, é dito: “O Núcleo de Prática Jurídica, mesmo com a feição atual, menor que a programada no novo Regime Interno, já propicia, por intermédio das disciplinas da matéria Prática Jurídica (Cível, Penal, Administrativa e Trabalhista) atividades práticas e simuladas (como as de Júri - Tribunal do Júri), embora de modo não suficiente a toda as demandas do curso, o que acontecerá com a instalação do novo núcleo. Prazo: até 6 meses. O mesmo, diga-se da atividade, também prática, de arbitragem, negociação, conciliação e mediação, em um núcleo específico, já com espaço destinado à implantação. Prazo:180 dias”. Para o próximo semestre, o alunado não sabe se enfrentará dificuldades para se matricula. O período de matrículas para 2017.1 deve iniciar no final de abril.