Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Justiça
Você está em:
/
/
Justiça

Notícia

TSE identifica 93 mil doadores de campanhas sem renda compatível; mortos também doaram

TSE identifica 93 mil doadores de campanhas sem renda compatível; mortos também doaram
Foto: TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) identificou 93 mil pessoas de baixa renda ou com ganhos incompatíveis às doações que fizeram para candidatos a prefeito e a vereador nas eleições do próximo domingo (2). Ao todo, essas pessoas teriam doado R$ 300 milhões. Os números levantam suspeitas de que algumas campanhas utilizaram CPFs de pessoas comuns para aumentar a arrecadação dos candidatos. O financiamento privado está proibido nas eleições deste ano. Segundo o TSE, 22,4 mil inscritos no Bolsa Família teriam doado cerca de R$ 21,1 milhões para campanhas. O número é de doadores desempregados é 46,7 mil, que contribuíram com R$ 52 milhões. Um único eleitor sem emprego, conforme o mapeamento, desembolsou R$ 100 mil a um postulante a prefeito de Porto Alegre. Segundo os dados, 23,8 mil cidadãos não possuem renda compatível com as doações. Juntos, teriam participado com R$ 227,5 milhões, sendo que 31 deles aparecem como donos de repasses acima de R$ 300 mil. Até mortos teriam feito doações. De acordo com o TSE, 143 pessoas já mortas doaram cerca de R$ 272 mil. Os dados não diferenciam contribuições financeiras e doações estimativas. Esta última ocorre quando um voluntário presta serviço ou cede algum bem ou material à campanha. A pesquisa é realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a partir de um cruzamento de dados da Justiça Eleitoral. Ao todo, o TCU listou 12 categorias em que surgiram indícios de irregularidades, tanto por parte de doadores quanto de empresas que prestam serviço às campanhas. A pesquisa ainda será realizada após a votação e é repassada ao Ministério Público e aos juízes eleitorais para que possam decidir se abrem investigações. Se for comprovada a participação do candidato em fraudes, seu registro pode ser cassado.