Google não pode associar Templo de Salomão a 'anticristo' e 'sinagoga de Satanás'

O Google não poderá mais associar as palavras “anticristo” e “sinagoga de Satanás” ao Templo de Salomão, da Igreja Universal do Reino de Deus, em São Paulo. A 12ª Vara Cível de São Paulo acatou o pedido da Igreja Universal para que os termos não direcionem a busca para informações sobre o Templo de Salomão. Para o juiz Fernando José Cúnico, no pedido, estão presentes os requisitos que autorizam a concessão da medida e que há “perigo de dano de difícil reparação”, com prejuízo “à imagem do autor se os termos acima mencionados continuarem a ser vinculados ao referido Templo”. A decisão deve ser cumprida em 48h. Em caso de descumprimento da decisão, o Google terá que pagar uma multa de R$ 5 mil. O Google ainda deverá fornecer os dados de IP e geolocalização que indiquem quem foi o responsável por induzir a ferramenta de buscas a relacionar o templo religioso e os termos considerados demoníacos. O juiz ainda determinou que a empresa adote medidas para que a relação entre os termos não aconteça novamente. A relação entre os termos foi divulgada em julho pelo jornal O Estado de São Paulo (clique aqui e saiba mais). Em nota, o Google afirmou que essa “ligação” entre as palavras usadas nas buscas não foi feita pela companhia, mas pelas fontes usadas pelo sistema, entre elas os usuários do serviço. Ainda informou que os usuários que encontrarem erros podem comunicar a empresa para que a correção seja feita.