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Skol é condenada a pagar multa por propaganda ofensiva as mulheres

Skol é condenada a pagar multa por propaganda ofensiva as mulheres
Foto: Reprodução/ Youtube
A Skol deverá pagar uma multa aplicada pelo Procon de São Paulo por propaganda considerada abusiva e discriminatória às mulheres. A 7ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) manteve a multa aplicada pelo órgão. A propaganda foi veiculada na TV em 2006 e retrata um processo de clonagem, no qual a respectiva mulher modelo, interpretada pela atriz Barbara Borges, passa a ser entregue a homens de diversos lugares. A propaganda afirmava que, se o “cara” que inventou a Skol tivesse inventado a musa do verão, ela estaria acessível a todos os homens. O Procon considerou que o comercial colocava a mulher em posição de "objeto disponível". Para o relator do recurso, desembargador Luiz Sergio Fernandes de Souza, “o argumento da peça publicitária é mais o que infeliz, pois 'coisifica' a mulher, servindo-a, mediante entrega, para desfrute do consumidor”. O desembargador ainda classificou que a propaganda transforma o gênero feminino em “objeto de consumo”. Ainda na decisão, o relator considerou que "a luta pelo espaço igualitário da mulher na sociedade é tema que ganha cada vez mais força no mundo”. “No momento em que a sociedade busca proscrever a ideia de que o gênero feminino é mero objeto de prazer, não se pode legitimamente sustentar que a valorização da mulher seja vista apenas como uma bandeira de determinado setor (radical) da sociedade. Todos estão envolvidos com a superação de estereótipos grosseiros, lugar comum sempre presente quando o assunto é publicidade”, asseverou. O desembargador ainda diz que ficou impressionado com o fato de uma empresa multinacional investir em campanha preconceituosa, apesar de buscar ser “engraçada”."Não se trata de exercer o direito de tolerância, tampouco de romper com uma certa hipocrisia social, na linha do 'politicamente correto', mas de perceber que a estética feminina, por mais apreciável que seja, não se confunde com lata de cerveja, produto que as pessoas consomem e depois jogam fora”, pontou.