Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Justiça
Você está em:
/
/
Justiça

Notícia

Juiz absolve delegado acusado de estuprar própria neta

Juiz absolve delegado acusado de estuprar própria neta
Moacir Rodrigues de Mendonça | Foto: Reprodução/ Diário da Região

Um delegado acusado de estuprar da própria neta foi absolvido pela Justiça de São Paulo, O delegado Moacir Rodrigues de Mendonça, de Itu, foi acusado de estuprar a própria neta, de 16 anos, em um quarto de hotel, em Olímpia, também São Paulo. Na sentença, de acordo com o Diário da Região, o juiz Eduardo Luiz de Abreu Costa, afirmou que o ato teria sido consentido pela adolescente.“A não anuência à vontade do agente, para a configuração do crime de estupro, deve ser séria, efetiva, sincera e indicativa de que o sujeito passivo se opôs, inequivocadamente, ao ato sexual, não bastando a simples relutância, as negativas tímidas ou a resistência inerte. (...) Não há prova segura e indene de que o acusado empregou força física suficientemente capaz de impedir a vítima de reagir. A violência material não foi asseverada, nem esclarecida. A violência moral, igualmente, não é clarividente, penso”, escreveu o juiz. A jovem, em um depoimento à Corregedoria da Polícia Civil, afirmou que, em setembro de 2014, o avô a levou para passar um fim de semana no hotel Thermas, e dentro do quarto, abusou dela sexualmente. No momento, a jovem diz ter ficado sem reação. “É certo que não chorou durante o ato, mas o fez após a saída de seu avô porque jamais esperava essa atitude do mesmo, o qual, logo após terminado o ato, determinou: ‘Isso deve ficar apenas entre nós dois’”, diz trecho do depoimento. A jovem ficou em silêncio sobre o fato por 20 dias, quando foi flagrada com um revólver do padrasto, tentando suicídio. A mãe da jovem diz que, quando soube da sentença, a filha passou mal e não parava de vomitar. “Ela teme ser ridicularizada de novo na escola, como ocorreu na época do fato”, disse a mãe. A vítima, hoje com 18 anos, cursa o último ano do ensino médio. A advogada da vítima, Andrea Cachuf, criticou a decisão judicial, e disse que foi extremamente machista. A família vai recorrer da decisão. O delegado, que estava detido desde o fim de 2014, foi solto.