Acusado de cometer atos de intolerância contra líderes de terreiro diz que tudo é apenas rixa
Por Cláudia Cardozo
Josenilson Furtado | Foto: Jamile Amine/ Bahia Notícias
Tudo não passa de uma rixa entre vizinhos, sem fundamentos, e que não há prática de atos de intolerância religiosa. É o que diz Josenilson Furtado Sento Sé, acusado pelos membros do terreiro de candomblé Ilê Axé Oyá Omim Balé, localizado na Lapinha, de cometer atos de intolerância religiosa (Clique aqui e saiba mais). Ao Bahia Notícias, Josenilson, que se declara católico não praticante, contou como a história começou. De acordo com seu relato, a família do babalorixá Jonatas de Souza se mudou há três anos para a rua, defronte a sua casa. A rixa entre os vizinhos começou por conta do terreno da família de Josenilson, que ele cuida há mais de 30 anos. Segundo o acusado, os líderes religiosos acabaram com sua plantação de ervas medicinais do local e plantaram plantas "normais". Para evitar problemas, ele diz que colocou o baú de seu carro no terreno. Josenilson diz que foi depois desse episódio que os vizinhos começaram a agredi-lo verbalmente. Desde então, ele coleciona registro de agressões, algumas até gravadas em vídeo. Em um deles, mostrado ao Bahia Notícias, uma das acusadoras, a yalorixá Vila Santos Souza, aparece com uma panela na mão, quando parte para a agressão física. Ele diz ainda que a ialorixá já lhe jogou um balde de água, e lhe deu um tapa na cara. Josenilson também diz que prestou queixa na delegacia, pois a situação estava passando dos limites.
Sobre a agressão a Hellen Joice de Souza Gonçalves, mais conhecida como Lili, ele diz que tem provas de que não a agrediu, e que tal acusação lhe trouxe problemas no trabalho. Ele foi afastado das empresas que presta serviço como vendedor. Segundo o seu relato, na última terça-feira (5), ele não estava no local onde aconteceu a agressão, pois estava em uma reunião, fechando uma grande venda, e que depois foi para um cartório reconhecer firma. Ele ainda mostrou imagens de uma câmera de segurança em que ele aparece entrando e saindo de uma das empresas para qual trabalha, com data e horário registrado. Josenilson também afirma que no mesmo dia, à noite, enquanto descia a ladeira de casa, passou por Hellen Joice, e que nada aconteceu, com imagens registradas em vídeo também. “Como é que eu ameaço uma pessoa com arma de fogo, dizendo que vou jogar ácido e ela passa do meu lado? Se eu fosse ameaçado com arma de fogo, eu não passaria perto dessa pessoa”, comenta. Ainda segundo Josenilson, a agressão, de fato, aconteceu. “Nesse dia, ela e o marido avançaram com a moto deles em cima da minha irmã e o marido dela, derrubando meu cunhado. Ela e o marido avançaram encima do meu cunhado com capacete, com murros e pontapés. Meu cunhado ficou no hospital”, narra. Ele ainda completa que foi Hellen Joice que começou com a agressão. Sobre as acusações de jogar ácido nas plantas de candomblé, ele afirma que não tem como, pois as plantas ficam no segundo andar da casa, e não tem como entrar. “Eles têm que provar que eu entrei na casa deles para fazer isso”, pontua. “O terreiro de candomblé fica no segundo andar. E impossível de chegar até o segundo andar”, completa. Diante dessa situação, Josenilson conta que não teve outra opção a não ser colocar câmeras de segurança em sua residência para coletar provas, viradas para rua. “Isso virou uma rixa. Ele ficou com raiva de mim. Ele chamou até uns traficantes para me pegar, me bater”, conta. Mas, conforme Josenilson conta, os traficantes, ao saberem que era ele a pessoa indicada a apanhar, não quiseram agredi-lo por já o conhecerem. “Vendo que não conseguiram me atingir com as agressões, com as palavras fortes - minha educação não é essa -, e que o pessoal não me batia, tentaram conseguir isso aqui [na imprensa], de intolerância religiosa”, avalia.
Josenilson também diz que nunca se incomodou com os cultos religiosos e nem com o barulho. “Nunca cheguei a eles para reclamar que o som estava alto, que estava atrapalhando, nunca cheguei a falar”, diz. “Se fosse intolerância, eu teria problema com todo mundo, com dona Grilo [dona de um terreiro no mesmo local]. É o contrário. Eu adoro ela, eu e o filho dela crescemos juntos. Não é nada contra candomblé, é rixa!”, assegura. Batata também nega que tenha uma arma e que tenha feito ameaças a mão armada. “Não tenho posse de arma. Acho que a única arma que eu tenho são as minhas mãos, a minha forma de falar e o meu trabalho, que é na área de vendas. Eu não ando armado, pode perguntar onde eu moro. Vão dizer que nunca me viram com uma arma. Pelo contrário, vão dizer que me vêem ajudando o pessoal”, conta. Ele acredita que a implicância tenha origem no fato dos demais vizinhos não conversarem muito com eles. “Eles xingam todo mundo, brigam entre eles. É um pessoal problemático. E lá, todo mundo gosta de mim, ajudo o pessoal, até nessa última tempestade que teve”. Josenilson, inclusive, coletou assinaturas dos moradores da rua para demonstrar a polícia sobre sua idoneidade na comunidade onde mora. O acusado diz que já buscou conciliação com a família, mas que eles não quiseram conversa e não aceitaram a conciliação. Desde que a denúncia veio a público, ele diz que vem sendo perseguido nas redes sociais, e que perfis no Facebook de pessoas vinculadas ao terreiro têm insuflado a violência contra ele e a sua família. Ele diz que já constituiu um advogado para provar sua inocência e de que não praticou atos de intolerância religiosa.
O acusado nega as acusações de intolerância religiosa e ameaça de morte. “Como podem acusar uma pessoa que cresceu na ilha [de Itaparica], no terreiro de candomblé de dona Antônia Sento Sé, que é minha prima, de intolerância religiosa? Ainda assim, eu sou contra-mestre de capoeira. Isso é impossível, não existe”, afirma Josenilson, que é vendedor. Também conhecido como Batata, Josenilson diz que a família vizinha fica mais agressiva nos dias em que recebe as intimações da polícia. Ele conta que, em novembro do ano passado, quando eles receberam uma intimação da polícia, foram até a paróquia da Lapinha para perseguir a família dele. “Minha irmã foi agredida na igreja com um pedaço de madeira e caco de vidro. Na hora que começaram a bater na minha irmã, encontraram o esposo de minha sobrinha dentro da igreja, aí não concluíram a agressão”, relata.
Sobre a agressão a Hellen Joice de Souza Gonçalves, mais conhecida como Lili, ele diz que tem provas de que não a agrediu, e que tal acusação lhe trouxe problemas no trabalho. Ele foi afastado das empresas que presta serviço como vendedor. Segundo o seu relato, na última terça-feira (5), ele não estava no local onde aconteceu a agressão, pois estava em uma reunião, fechando uma grande venda, e que depois foi para um cartório reconhecer firma. Ele ainda mostrou imagens de uma câmera de segurança em que ele aparece entrando e saindo de uma das empresas para qual trabalha, com data e horário registrado. Josenilson também afirma que no mesmo dia, à noite, enquanto descia a ladeira de casa, passou por Hellen Joice, e que nada aconteceu, com imagens registradas em vídeo também. “Como é que eu ameaço uma pessoa com arma de fogo, dizendo que vou jogar ácido e ela passa do meu lado? Se eu fosse ameaçado com arma de fogo, eu não passaria perto dessa pessoa”, comenta. Ainda segundo Josenilson, a agressão, de fato, aconteceu. “Nesse dia, ela e o marido avançaram com a moto deles em cima da minha irmã e o marido dela, derrubando meu cunhado. Ela e o marido avançaram encima do meu cunhado com capacete, com murros e pontapés. Meu cunhado ficou no hospital”, narra. Ele ainda completa que foi Hellen Joice que começou com a agressão. Sobre as acusações de jogar ácido nas plantas de candomblé, ele afirma que não tem como, pois as plantas ficam no segundo andar da casa, e não tem como entrar. “Eles têm que provar que eu entrei na casa deles para fazer isso”, pontua. “O terreiro de candomblé fica no segundo andar. E impossível de chegar até o segundo andar”, completa. Diante dessa situação, Josenilson conta que não teve outra opção a não ser colocar câmeras de segurança em sua residência para coletar provas, viradas para rua. “Isso virou uma rixa. Ele ficou com raiva de mim. Ele chamou até uns traficantes para me pegar, me bater”, conta. Mas, conforme Josenilson conta, os traficantes, ao saberem que era ele a pessoa indicada a apanhar, não quiseram agredi-lo por já o conhecerem. “Vendo que não conseguiram me atingir com as agressões, com as palavras fortes - minha educação não é essa -, e que o pessoal não me batia, tentaram conseguir isso aqui [na imprensa], de intolerância religiosa”, avalia.
Josenilson também diz que nunca se incomodou com os cultos religiosos e nem com o barulho. “Nunca cheguei a eles para reclamar que o som estava alto, que estava atrapalhando, nunca cheguei a falar”, diz. “Se fosse intolerância, eu teria problema com todo mundo, com dona Grilo [dona de um terreiro no mesmo local]. É o contrário. Eu adoro ela, eu e o filho dela crescemos juntos. Não é nada contra candomblé, é rixa!”, assegura. Batata também nega que tenha uma arma e que tenha feito ameaças a mão armada. “Não tenho posse de arma. Acho que a única arma que eu tenho são as minhas mãos, a minha forma de falar e o meu trabalho, que é na área de vendas. Eu não ando armado, pode perguntar onde eu moro. Vão dizer que nunca me viram com uma arma. Pelo contrário, vão dizer que me vêem ajudando o pessoal”, conta. Ele acredita que a implicância tenha origem no fato dos demais vizinhos não conversarem muito com eles. “Eles xingam todo mundo, brigam entre eles. É um pessoal problemático. E lá, todo mundo gosta de mim, ajudo o pessoal, até nessa última tempestade que teve”. Josenilson, inclusive, coletou assinaturas dos moradores da rua para demonstrar a polícia sobre sua idoneidade na comunidade onde mora. O acusado diz que já buscou conciliação com a família, mas que eles não quiseram conversa e não aceitaram a conciliação. Desde que a denúncia veio a público, ele diz que vem sendo perseguido nas redes sociais, e que perfis no Facebook de pessoas vinculadas ao terreiro têm insuflado a violência contra ele e a sua família. Ele diz que já constituiu um advogado para provar sua inocência e de que não praticou atos de intolerância religiosa.