Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Justiça
Você está em:
/
/
Justiça

Notícia

Fiscais retiram 11 funcionários de trabalho escravo em obras da Vila Olímpica

Fiscais retiram 11 funcionários de trabalho escravo em obras da Vila Olímpica
Foto: Reprodução
Onze trabalhadores que foram encontrados em situação de trabalho escravo foram resgatados por procuradores do Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ) e do Ministério Público do Trabalho e Emprego (MTE) no último dia 29 de julho. Eles foram encontrados trabalhando nas obras do Projeto Ilha Pura, localizado na Barra da Tijuca, nome dado à Vila Olímpica que abrigará atletas e organizadores dos Jogos Olímpicos de 2016. O complexo de 3.600 apartamentos está sendo erguido por consórcio formado pelas construtoras Odebrecht e Carvalho Hosken. De acordo com o MPT-RJ, os funcionários contratados pela empreiteira Brasil Global Serviços vieram de estados como Maranhão, Paraíba, Bahia e Espírito Santo com a promessa de receberem alojamento, alimentação e o reembolso da passagem. Entretanto, foram encontrados em uma situação completamente diferente da que lhes foi prometida. Os trabalhadores viviam em uma casa e duas quitinetes localizadas na comunidade Beira Rio, sem estrutura e condições mínimas de higiene. “Havia baratas, ratos e esgoto nas residências, muitos dormiam no exterior do imóvel, tamanha a sujeira”, relata a procuradora Valéria Correa, responsável pela inspeção. José Antônio (nome fictício), que saiu de Turilândia (MA) com seus dois irmãos para trabalhar na obra agora pretende voltar para sua cidade. “Lá não tem muita oportunidade de emprego, mas para estar aqui nessas condições prefiro voltar para casa e ficar perto da família”, afirma. Segundo a procuradora do trabalho Guadalupe Turos Couto, que agora conduzirá o caso, o MPT-RJ acionará a empresa para pedir o pagamento de danos morais coletivos e individuais aos trabalhos, além de aplicação de multa, caso a companhia volte a cometer irregularidades trabalhistas. Ainda de acordo com ela, o órgão investiga também denúncias de violação de direitos trabalhistas com os demais funcionários, como atraso no pagamento de salários, ausência de intervalo para descanso intrajornada e não pagamento de verbas rescisórias.