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Falar em impeachment contra Dilma é 'despudor democrático', segundo Cardozo

Falar em impeachment contra Dilma é 'despudor democrático', segundo Cardozo
Foto: José Cruz/ Agência Brasil
O minsitro da Justiça, José Eduardo Cardozo, encara como "despudor democrático" os pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), que voltaram a ganhar força na última semana. Para Cardozo, o desejo de golpe sob o manto da "aparente legalidade" é reprovável jurídica e eticamente. "É de um profundo despudor democrático e de um incontido revanchismo eleitoral falar em impeachment da presidente, como tem falado alguns parlamentares de oposição", declarou à Folha de S. Paulo no último domingo (5). O ministro afirma que parlamentares oposicionistas têm usado "uma delação premiada que sequer foi tornada pública" - a de Ricardo Pessoa, dono da UTC - e "um processo ainda em curso no TCU (Tribunal de Contas da União) para alimentar a cassação de Dilma. Sobre as acusações de pedaladas fiscais, Cardozo disse que o processo "não pode causar nenhuma imputação de crime de responsabilidade". Na hipótese de o TCU reprovar as contas de 2014 do governo, o processo precisa ser avaliado pela Câmara. Caso perca, o governo pode recorrer à Justiça. De acordo com a Folha, a oposição vislumbra três cenários: a renúncia de Dilma, caso seu isolamento no congresso e no partido se aprofunde; o impeachment, caso as contas do governo forem rejeitadas pelo TCU; ou a cassação pelos desdobramentos da Operação Lava Jato, se forem apontadas irregularidades no financiamento de sua campanha à reeleição em 2014. Para ele, essas suposições "não têm base jurídica" e fazem parte de um "impulso golpista" da oposição. "É incrível que forças políticas que lutaram contra a ditadura e na defesa do Estado Democrático de Direito tenham agora esse impulso golpista", acrescentou.