Advogado propõe manifesto em favor de Odebrecht diante da postura de Moro
Por Cláudia Cardozo
Fotos: Reprodução
O advogado baiano José César Oliveira propôs um manifesto em favor da memória de Noberto Odebrecht, diante da prisão do neto do empresário, na operação Lava Jato. No desagravo, o advogado afirma que as organizações “comandadas por Dr. Norberto Odebrecht são responsáveis por quase todas as principais obras de beleza da Bahia, no campo material e no universo artístico, espiritual, de responsabilidade social e solidariedade humana”. José César diz que artistas das mais variadas expressões, como músicos, escritores, pintores, poetas, jornalistas, arquitetos, joalheiros, compositores, “foi influenciada, direta ou indiretamente, pela mão generosa do empresário visionário e audaz, capaz de competir com os melhores da sua categoria, em qualquer parte do mundo”. “A Bahia muito lhe deve e sempre o respeitou e admirou, ainda que à distância, mesmo os que, como eu, não tiveram o privilégio de conhecer-lhe pessoalmente, mas tiveram a curiosidade de buscar informações confiáveis à propósito deste homem extraordinário, ímpar entre seus pares”, afirma no texto. O propositor do manifesto diz que “muito antes da ascensão do lulo-petismo ao Poder, as Organizações Odebrecht já tinham uma história recheada de realizações”, como a construção da hidrelétrica na divisa da Bahia com Goiás, a construção do Teatro Castro Alves e da ponte Colombo Salles, Florianópolis, entre outros. O advogado crítica a postura do juiz Sérgio Moro, que decretou a prisão preventiva de Marcelo Odebrechet. Segundo ele, Moro, resolveu-se “arrogar da condição de novo Catão de uma seletiva moralidade pública, usurpando um mandato que ninguém lhe outorgou” e determinou a prisão do “herdeiro do sobrenome, da filosofia, do estilo de vida espartano e infenso às luzes dos holofotes dos meios, herdeiro também das empresas, como não poderia deixar de ser”. Com a prisão de Marcelo, o advogado diz que o juiz também prendeu “simbolicamente, a memória do saudoso Dr. Norberto, como nós, os baianos, nos acostumamos a chamar”. “O incitamento à insegurança jurídica praticado pelo juiz Moro é catastrófico quanto as suas consequências e impossíveis de dimensionar, formando uma jurisprudência amarga, reacionária, contrária aos direitos do homem e do cidadão”, assevera o propositor. Clique aqui e confira o desagravo na íntegra.