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Estado da Bahia pode economizar R$ 1,8 milhão se não contratar advogados dativos

Por Cláudia Cardozo

Estado da Bahia pode economizar R$ 1,8 milhão se não contratar advogados dativos
Foto: Bahia Notícias
O Estado da Bahia pode economizar entre R$ 1 milhão a R$ 1,8 milhão se investir mais na Defensoria Pública para que não sejam contratados advogados dativos. A informação foi passada pela Defensoria Pública da Bahia nesta quinta-feira (21), durante a sessão especial em homenagem ao Dia do Defensor, comemorado na última terça (19). De acordo com a instituição, o Estado gasta R$ 21 mil com apenas um advogado, indicado por determinação da Justiça, em uma única audiência de tribunal do júri, por exemplo. O advogado dativo é aquele que não é defensor público, mas assume o papel quando não há defensor para advogar em um determinado caso. O defensor público geral, Clériston Mâcedo, afirma que o valor de um dia do advogado dativo é superior a toda remuneração mensal de um defensor público de classe inicial, que ganha cerca de R$ 19 mil. O valor dos honorários foi baseado no valor mínimo previsto na tabela de honorários da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “Quando a gente fala que Defensoria Pública não é gasto, que é investimento, a gente demonstra isso por dados, através dos relatórios da Corregedoria, bem como dados das condenações de pagamentos de honorários de sucumbência, que o Estado é obrigado a pagar aos advogados dativos. A gente monetarizou esses dados, do que é gasto pelo Estado e do que é investido na Defensoria Pública, e com isso, chegamos a conclusão de que o Estado da Bahia pode fortalecer a Defensoria, através de um orçamento maior, e com isso, diminuir a quantidade gastos com pagamentos de honorários aos advogados dativos”, explica Clériston.



Clériston defende fortalecimento da Defensoria Pública da Bahia
Foto:  Vanda Amorim/ DP-BA

Atualmente, a Defensoria Pública da Bahia, já com as novas nomeações, tem 284 defensores, com um déficit ainda de 316, para atender as 417 cidades do estado. Somente em 2014, a Defensoria atuou em 470.624 casos e propôs 56 ações civis públicas, que corresponde a 0,01% da atuação da instituição. A manutenção de toda a estrutura do órgão, segundo a Defensoria, representa entre 25% a 36% do que custaria aos cofres públicos os serviços prestados por advogados dativos. Clériston afirma que tem dialogado com o Executivo para demonstrar que é preciso investir mais na instituição.  “O governador Rui Costa e os outros secretários têm entendido que a Defensoria Pública precisa ter um olhar diferenciado pelo governo do Estado, e isso já ensejou com a nomeação dos últimos aprovados no concurso”, diz o defensor geral. Clériston indica que, com a economia, a entidade poderá realizar futuramente concursos para servidores de atividades meios e para novos defensores, além de interiorizar os serviços da instituição.