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Servidores do MPF e do MPT na Bahia paralisam atividades por melhores salários

Por Cláudia Cardozo

Servidores do MPF e do MPT na Bahia paralisam atividades por melhores salários
Fotos: Reprodução
Os servidores do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia paralisaram as atividades desde a última sexta-feira (6) para reivindicar por reposição inflacionárias superiores a 50% que a categoria perdeu desde 2006, quando foi aprovado o último Plano de Cargos e Salários. Na Bahia, a greve atinge as cidades de Alagoinhas, Barreiras, Campo Formoso, Eunápolis, Feira de Santana, Ilhéus, Irecê, Jequié, Paulo Afonso, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista, além das Procuradorias do Trabalho em Itabuna e Santo Antônio de Jesus. Com a paralisação, deflagrada por tempo indeterminado, o trabalho das instituições será reduzido e poderá ter impacto na defesa da ordem jurídica e dos direitos e interesses da coletividade, além do combate ao trabalho escravo e infantil, ao mau uso do dinheiro público e à corrupção. Nesta terça-feira (10), os servidores que participam da paralisação vão se reunir no Corredor da Vitória, na sede do MPT, para seguir em caminhada como protesto. A paralisação é nacional, liderada pelo Sindicato Nacional dos Servidores Ministério Público da União (MPU) e do Conselho Nacional dos Membros do Ministério Público (CNMP). Na Bahia, não há diretoria regional do sindicato, mas uma Comissão de Mobilização foi formada para aderir ao movimento nacional.

Segundo José Marcos Lisboa, membro da Comissão de Mobilização da Procuradoria do Trabalho na Bahia, que articula o movimento paredista no estado, três projetos de lei de plano de cargos e salários tramitam a quase uma década no Congresso Nacional, e nenhum ainda foi votado. “Nós amargamos nove anos de perdas salariais enquanto que, no final do ano passado, os procuradores tiveram um reajuste de 14%, além de outros benefícios que recebem como auxílio moradia, de R$ 4.3 mil, sem desconto algum sobre esse benefício. E nós, servidores, só temos reajuste de 5% ao ano, que é dado pelo governo para todas as carreiras”, diz o membro da comissão. O último plano de cargos e salários dos servidores do MPU – que engloba os Ministérios Públicos do Trabalho, Federal e Militar – foi aprovado em 2006. José Marcos afirma que a paralisação busca pressionar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a agir com mais rigidez perante o governo federal para aprovar o plano de cargos e salários dos servidores. “Há recursos, mas eles são canalizados para interesses de procuradores, como o auxílio moradia, mesmo para quem já tem residência”, pontua. Os grevistas fizeram um cálculo que, somado todos os auxílios moradias pagos aos procuradores, pode proporcionar um acréscimo de pouco mais de R$ 700 para cada servidor do MPU. O cálculo foi feito com dados do Portal da Transparência. A expectativa dos servidores é que Janot atenda o pleito da categoria, já que o orçamento do MPU ainda não foi votado no Congresso.