Justiça britânica começa investigações sobre morte de espião russo

Nesta terça-feira (27), oito anos após o acontecimento, a Justiça inglesa finalmente começou a investigar a morte de Alexander Litvinenko, espião russo assassinado por envenenamento em novembro de 2006. Litvinenko fugiu de seu país natal e conseguiu asilo em solo britânico. Quando estava morrendo, o espião russo acusou o presidente Vladimir Putin de ter causado a sua morte.

 

A justiça britânica demorou oito anos para dar início às investigações, pois o inquérito pode prejudicar a relação entre os dois países. Porém, para adiantar o processo, a viúva de Alexander, Marina Litvinenko, recorreu à justiça e conseguiu uma ordem judicial que determinou que as investigações fossem iniciadas.

 

Segundo o jornal britânico The Guardian, já foi descoberto que o Litvinenko já havia sofrido uma tentativa de assassinato por envenenamento por seus antigos colegas da KGB, polícia secreta russa, apenas algumas semanas antes de sua morte. Quando estava perto de morrer, o espião declarou que o presidente Vladimir Putin era o culpado pelo assassinato.

Litvinenko trabalhou para o serviço secreto russo e desistiu de seu emprego quando foi ordenado que matasse o empresário Boris Berezovsky.

 

Em 1998, o espião russo dez uma serie de denúncia sobre esquemas de corrupção dentro da KGB e passou a ser perseguido pelo governo russo até fugir para a Inglaterra, onde conseguiu asilo. Pouco depois de um encontro com agentes da KGB, em Londres, Litvinenko adoeceu. Já internado, foi diagnosticado o envenenamento por substância radioativa.