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Ministro do Supremo recebe título de cidadão baiano, proposto por primeira-dama

Por Cláudia Cardozo

Ministro do Supremo recebe título de cidadão baiano, proposto por primeira-dama
Fotos: Bahia Notícias
O ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu o título de cidadão baiano da Assembleia Legislativa (AL-BA) nesta sexta-feira (12). A sugestão da homenagem partiu da primeira-dama da Bahia, Fátima Mendonça. O título foi entregue pela filha do ministro, desembargadora Letícia Mello, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). O deputado Marcelo Nilo (PDT), que preside a casa legislativa baiana, em sua fala, lembrou como a proposta nasceu. De acordo com Nilo, ele recebeu uma ligação da primeira dama em que pedia para que ele fizesse “uma justiça” antes de deixar o posto de presidente da Assembleia, e que concedesse o título de cidadão baiano ao jurista que atua perante o Supremo Tribunal Federal (STF). Na época, o presidente teria dito a primeira-dama que era o único deputado que não poderia apresentar um projeto de lei para propor o título, pois atuaria como magistrado na sessão. Então, ele se comprometeu a procurar um deputado que pudesse apresentar o projeto. Nilo procurou o líder do governo, deputado Zé Neto (PT), e o líder da oposição, deputado Elmar Nascimento (DEM), que propuseram o título em conjunto. Segundo Nilo, “poucos juristas conquistaram posição de destaque como o jurista Marco Aurélio de Mello” e que ele faz jus ao título de cidadão baiano pelos serviços prestados a Justiça.

O deputado Elmar Nascimento afirmou que já virou tradição da Assembleia Legislativa da Bahia, que ao final de cada ano, se homenageie os nomes mais importantes do país, que se destacaram no seu ramo de atuação. Questionado pelo Bahia Notícias se o ministro decidiu algum feito que foi importante para o povo baiano, o deputado respondeu que “todas as decisões do ministro são basilares para que os demais tribunais do país procedam nas suas decisões” e que Aurélio é um “magistrado que se destaca, “inspirando os juízes mais jovens, sobretudo, no momento difícil que a Justiça da Bahia tem passado, com tantos ações e que precisa ter uma efervescência maior nesse ramo, que é o Judiciário”. Em sua fala no plenário, Elmar ainda parafraseou Bell Marques, ao dizer que “se você é baiano, Deus te abençoa”, e que se não é “Deus te perdoa”, e que de agora em diante, o ministro poderia se sentir abençoado.

O deputado Zé Neto afirmou que o ministro representa o “fortalecimento jurídico no país”, e que “o conjunto de sua caminhada” favorece a população baiana como jurista, e por demonstrar sua independência no Supremo, apesar de muitas vezes ser voto vencido na Suprema Corte. O ministro Marco Aurélio, já titulado como cidadão baiano, afirmou que se sente com “uma responsabilidade maior junto com seus concidadãos, junto a nacionalidade brasileira, visando buscar dias melhores para a nossa sofrida República”. Para ele, “dias melhores passam necessariamente pela atuação das instituições brasileiras, de quem claudicou, de que quem cometeu desvio de conduta será, realmente, punido, já que as leis valem para todos”. O ministro ainda disse que o título é um estímulo, e que ele volta para Brasília, com “as baterias carregadas para enfrentar os processos que me aguardam, como se fossem os primeiros da minha vida de juiz”. No seu discurso no plenário, Marco Aurélio afirmou que ainda guarda semelhanças com o “fraterno amigo, Jaques Wagner”, por ser carioca-baiano, e chamou Fátima Mendonça de sua “madrinha”. Ainda falou que “ser baiano é muito mais do que nascer dentro de um determinado território”, que é um “estado de espírito manifestado na capacidade de amar, tolerar e conviver, de encontrar a alegria, de trabalhar e divertir-se, progredir sem descaracterizar-se, crescer sem sair da infância, caminhar rumo ao futuro, sem esquecer as origens”.