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Hospital americano pagará US$ 190 milhões a pacientes filmadas secretamente por ginecologista

Hospital americano pagará US$ 190 milhões a pacientes filmadas secretamente por ginecologista
Foto: Reprodução / Internet / Ginecologista Nikkita Levy
O hospital Johns Hopkins, um dos centros médicos e de pesquisa mais conceituados do mundo, que está localizado na cidade de Baltimore (EUA), terá que pagar US$ 190 milhões a pacientes secretamente filmadas por ginecologista. Em fevereiro deste ano, o médico Nikita Levy, 54 anos, foi despedido do hospital, depois que uma colega de trabalho descobriu que uma caneta que o médico usava pendurada no pescoço era, na verdade, uma câmera. A colega de trabalho avisou as autoridades e o médico se suicidou dias depois, quando uma investigação revelou mais de 1.200 vídeos e 140 imagens no computador de sua casa. Ele trabalhada há 25 anos no hospital. Por causa do suicídio, nenhuma acusação criminal veio à tona, mas agora um acordo preliminar de US$ 190 milhões foi fixado e já é uma das maiores indenizações nos EUA para casos envolvendo má conduta sexual. Os advogados dizem que as ações do médico tiveram impacto em milhares de mulheres, não apenas as que aparecem nas imagens. Pelo menos 62 meninas estão entre as vítimas. Levy é acusado ainda de violar protocolos ao deixar acompanhantes das pacientes fora da sala de exames.

Durante os anos de trabalho no hospital, estima-se que o médico tenha atendido cerca de 12.600 pacientes. Cerca de oito mil fazem parte da ação contra ele, que alega que o hospital devia saber o que estava acontecendo. Cada uma das demandantes da ação foi entrevistada por um psicólogo forense e por um especialista em estresse pós-traumático para determinar o tamanho do trauma sofrido e quanto dinheiro deveria ser recebido no acordo. O caso teve enorme impacto na reputação do hospital, que alega não ter tido conhecimento das práticas do ginecologista. “É nossa esperança que este acordo e as descobertas pela aplicação da lei de que as imagens não foram compartilhadas ajudem as pessoas afetadas a alcançarem o encerramento do caso”, disse o comunicado do hospital, acrescentando que “um indivíduo não define Johns Hopkins”.