Servidores esperam um ano menos duro
O ano de 2014 foi, para os servidores do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, um dos mais difíceis e estressantes dos últimos tempos.
Ameaça de demissões de servidores com mais de 30 anos de casa, reduções violentas e inesperadas de parcelas remuneratórias, auditoria da folha de pagamento.
Tudo isso refletiu negativamente na performance no Tribunal de Justiça mais antigo das Américas, que agora só perde para o do Piauí, no ranking nacional de produtividade.
Até no final do ano, período de indultos e de trégua nas guerras travadas entre nações inimigas, servidores e seus familiares vivenciaram um clima de terror inédito na Corte, descrito com precisão em artigo assinado pelo editor-chefe deste veículo de comunicação.
Tal estado de coisas fez levantar vozes respeitadas no Judiciário estadual, como a do Desembargador aposentado Antônio Pessoa Cardoso, que no seu blog classificou como ingratidão o movimento de aposentadoria em massa acontecido no ano recém-findado, quando servidores com larga experiência na Justiça, amedrontados pelos boatos de demissão, anteciparam, muitas vezes com perdas nos vencimentos, o momento da inatividade.
Essas indignadas manifestações, somadas a outras emanadas de membros do próprio órgão, que entendem que exagerar na dose pode matar o paciente, parecem sinalizar que o ano de 2015 será, no mínimo, menos doloroso para aqueles que, assessorando e apoiando as atividades dos magistrados, são também responsáveis pela entrega da prestação jurisdicional, única coisa que realmente deveria ser cuidada pelos gestores dos tribunais.
Como disse recentemente em artigo sobre produtividade o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Renato Nalini, “os gabinetes são providos de servidores que são remunerados para auxiliar na elaboração de minutas e na pesquisa facilitadora da decisão”. Deste modo, sem tranquilidade, valorização e motivação, com certeza tais auxiliares não conseguirão despender o incomensurável esforço necessário para elevar o nível de eficiência da nossa Justiça estadual.
Esperam pois, magistrados, servidores, demais operadores do Direito e, sobretudo, o cidadão que busca os serviços do Poder Judiciário, que o último e derradeiro ano da gestão do Desembargador Eserval Rocha seja voltado, exclusivamente, para a tomada de medidas concretas para melhoria da Justiça baiana, com uma comunicação mais eficaz, positiva e cristalina, de forma que saiamos da vice-liderança de ponta-cabeça a que chegamos, até porque o noticiário nacional informa que o TJ-PI está se movimentando fortemente para ultrapassar a Bahia no campeonato da produtividade.
Ameaça de demissões de servidores com mais de 30 anos de casa, reduções violentas e inesperadas de parcelas remuneratórias, auditoria da folha de pagamento.
Tudo isso refletiu negativamente na performance no Tribunal de Justiça mais antigo das Américas, que agora só perde para o do Piauí, no ranking nacional de produtividade.
Até no final do ano, período de indultos e de trégua nas guerras travadas entre nações inimigas, servidores e seus familiares vivenciaram um clima de terror inédito na Corte, descrito com precisão em artigo assinado pelo editor-chefe deste veículo de comunicação.
Tal estado de coisas fez levantar vozes respeitadas no Judiciário estadual, como a do Desembargador aposentado Antônio Pessoa Cardoso, que no seu blog classificou como ingratidão o movimento de aposentadoria em massa acontecido no ano recém-findado, quando servidores com larga experiência na Justiça, amedrontados pelos boatos de demissão, anteciparam, muitas vezes com perdas nos vencimentos, o momento da inatividade.
Essas indignadas manifestações, somadas a outras emanadas de membros do próprio órgão, que entendem que exagerar na dose pode matar o paciente, parecem sinalizar que o ano de 2015 será, no mínimo, menos doloroso para aqueles que, assessorando e apoiando as atividades dos magistrados, são também responsáveis pela entrega da prestação jurisdicional, única coisa que realmente deveria ser cuidada pelos gestores dos tribunais.
Como disse recentemente em artigo sobre produtividade o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Renato Nalini, “os gabinetes são providos de servidores que são remunerados para auxiliar na elaboração de minutas e na pesquisa facilitadora da decisão”. Deste modo, sem tranquilidade, valorização e motivação, com certeza tais auxiliares não conseguirão despender o incomensurável esforço necessário para elevar o nível de eficiência da nossa Justiça estadual.
Esperam pois, magistrados, servidores, demais operadores do Direito e, sobretudo, o cidadão que busca os serviços do Poder Judiciário, que o último e derradeiro ano da gestão do Desembargador Eserval Rocha seja voltado, exclusivamente, para a tomada de medidas concretas para melhoria da Justiça baiana, com uma comunicação mais eficaz, positiva e cristalina, de forma que saiamos da vice-liderança de ponta-cabeça a que chegamos, até porque o noticiário nacional informa que o TJ-PI está se movimentando fortemente para ultrapassar a Bahia no campeonato da produtividade.
* Oscar Bellucci é presidente da Associação dos Servidores do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia e servidor do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia.
* Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias