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Fama meteórica, Lore Improta e parceria com Ivete: Fábio ‘Big Boss’ abre jogo sobre FitDance

Por Pascoal de Oliveira

Fama meteórica, Lore Improta e parceria com Ivete: Fábio ‘Big Boss’ abre jogo sobre FitDance
Foto: Tiago Dias / Bahia Notícias

“É um estilo de vida”. É desta forma que Fábio Duarte, o “Big Boss”, define o que é a empresa FitDance, que, como ele mesmo diz, se tornou algo maior que “meter dança” no Youtube. Em um longo bate-papo com o Bahia Notícias, o dono da rede, que já conta com mais de 2 bilhões de visualizações no Youtube, fez questão de conceder grande parte da entrevista na primeira pessoa do plural para frisar a noção de grupo que a empresa busca refletir. “A gente é uma comunidade. Claro que somos uma empresa, uma marca, um programa de aulas. A gente tem diversos negócios e entidades. [...] Nosso objetivo é tornar o mundo mais feliz usando a dança. [...] Eu posso dizer que a gente é uma das primeiras ou maiores redes sociais de dança que existe”. Sobre os extensos números de alcance do material produzido pelo grupo, Fábio não fez uso da modéstia para explicar que esses dados são apenas indicadores da influência que possuem no Brasil. “A gente se sente muito orgulhoso. Não é só porque estamos conseguindo atingir algum sucesso, fama ou coisa do tipo. É mais pelo legado. A gente está construindo uma história. A FitDance conseguiu de alguma maneira mudar um país do tamanho do Brasil. Hoje em dia se olha a dança com outros olhos, de uma maneira muito mais valorizada, até profissionalmente. Espero que não seja uma moda. As pessoas voltaram a ir pra festa pra ficar dançando na festa e não simplesmente beber [...] a gente conseguiu criar um legado e mudar até a cultura do país”. 

 

 

Recentemente, o canal gravou uma coreografia para a música “No Groove”, parceria da cantora Ivete Sangalo com a banda Psirico, e teve nada menos que a participação da intérprete em todo o vídeo. Como esperado, a junção de dois grandes nomes ligados à música gerou holofotes para ambos. “Conseguimos naquela semana zerar a internet. Nem a gente esperava que ela fosse dançar tanto naquele dia. A gente estava conversando para criarmos a coreografia da música nova, e ela perguntou como ia participar do vídeo. [...] Chegou lá na hora, a gente passou a coreografia, ela pegou toda, gravou e foi lá dançar. Ficou muito bonito, [até] pelo fato de ela estar grávida de oito meses. Foi inusitado, ninguém esperava que ela, com uma barriga daquele tamanho, ‘metesse dança’ na coreografia inteira. A quantidade de mídia que eu vi na imprensa me surpreendeu”, comemorou Fábio. E por falar em personalidades de peso, quando o nome Lorena Improta surgiu na conversa, o empresário confessou que, apesar de sentir carinho pela namorada de Léo Santana, a saída da loira, em 2016, não representou um déficit para a organização. “Eu sinto falta como amizade. Todos os dançarinos se dão bem no grupo, a gente sente falta do amigo. Mas eu acho que a empresa anda ‘ok’. Profissionalmente a gente conseguiu se complementar e não foi uma perda que afetou a empresa”.

 

Soteropolitano e filho de médica, Big Boss dança desde a época da escola. Dividido entre a Medicina e o entretenimento, resolveu cursar Publicidade. Atualmente, o CEO da FitDance, que separa seu tempo entre a dança e o marketing, assegura que o alcance das coreografias consegue alterar padrões considerados comuns nas negociações entre quem canta, produz e divulga. “Hoje em dia, a gente conseguiu inverter o processo e os artistas e gravadoras que vêm até a gente. [...] A gente se tornou uma plataforma de lançamento de músicas. Então, quando um artista ou gravadora pensa: ‘vou colocar na rádio, na televisão, eu preciso colocar na FitDance’, é porque sabe que ali a gente complementa com toda nossa força de aula, de instrutores. Isso faz com que a música, além de gerar milhões de views na internet, seja tocada milhões de vezes em salas de aula também. Isso cria um engajamento com o aluno muito mais forte”. Ele exemplifica: “Músicas como ‘Metralhadora’ [da Banda Vingadora] foram descobertas por professores que indicaram quando ninguém conhecia. A gente falou que era uma música boa de dançar, aí os empresários decidiram falar com a gente pra criar um clipe pra eles. A música já tinha sido descoberta seis meses atrás e já tinha alguns milhões de views no nosso canal, só pra comunidade de professores. Depois se tornou um sucesso nacional”. Além disso, o dançarino, que costumava ser conhecido como Fábio Molejo, afirmou que existem artistas que, mesmo antes de compor a canção, já a modificam pensando nos passos que serão coreografados pela equipe.

 

 

Com o crescimento da fama, surgiram posicionamentos contrários à proposta da empresa. Em 2017, alguns textos, veiculados no Facebook, argumentaram que paralelo à popularização de uma coreografia considerada principal, há também a segregação daqueles que não se adaptam ou não se interessam pelo mainstream (tendência, moda principal – em tradução livre). Sobre isso, “Big Boss” argumentou que percebe justamente o contrário do que a crítica exposta acima defende. “Eu acho que antes as pessoas ficavam desunidas, cada um no canto. Hoje em dia, a gente tem mais união numa festa que segregação. Um professor de dança não se relacionava com outro porque cada um fazia sua coreografia antes e eles não conseguiam sair juntos com seus alunos para dançar. [...] Então tem pessoas que vão para uma festa com um objetivo e tem pessoas que vão com o objetivo de dançar. Ao mesmo tempo, tem pessoas que vão pra festa em grupos com baldes de bebidas, gritando e molhando os outros. Aquelas pessoas acham que essas estão invadindo o espaço de alguma maneira. Mas num todo, eu acredito que a FitDance fez com que as pessoas tivessem mais unidas. [...] Em qualquer lugar tem que ter respeito pela opção de cada um. Não é porque a pessoa está dançando FitDance que ela está atrapalhando a festa”, defendeu. 

 

Entre as idas e vindas de assuntos, o empresário também respondeu o questionamento que alguns seguidores demonstraram sobre a “performance mais descontraída” que ele vem passando nos últimos vídeos. Rindo, ele disse que não nota essa postura. “Não sei. Cada dia mais a gente conquista mais coisas, então talvez eu esteja cada dia mais feliz. Eu tenho uma personalidade um pouco mais séria, já virou um pouco do meu estilo de dançar. Se eu passasse o vídeo todo sorridente, talvez não seria muito eu dançando", apontou, confessando em seguida: "Mas na verdade é o seguinte: eu machuquei meu joelho, não sei se todo mundo sabe disso, então eu rompi todos os ligamentos do joelho direito. Tem um ano e pouco. Fiquei um tempo sem andar, fiz cirurgia. Então cada vez mais eu estou conseguindo voltar. Eu acho que eu tô dançando uns 50% do que eu conseguia dançar. Então muitas vezes eu estou fazendo o cálculo de quanto peso eu tenho que colocar na outra perna, como é que eu posso fazer, ou não, o giro. Mas cada vez que eu vou sentindo mais segurança com a perna, isso pode ser refletido também no vídeo”. 

 

 

Como noticiado pelo Bahia Notícias, Fábio Duarte revelou em primeira mão que uma dançarina baiana será uma nova integrante da disputada “Equipe Show” (veja aqui), cujos dançarinos aparecem em clipes e apresentações especiais. “A gente tem hoje em dia perto de 5 mil instrutores de FitDance. Então, dessas 1 milhão de aulas que a gente tem, existem milhares de instrutores no Brasil e Argentina. Eles fazem curso e, se forem aprovados, entram na nossa comunidade e se tornam membros instrutores de FitDance. Essa é a primeira porta de entrada. Esse instrutor começa a ficar próximo, tem treinamento e acompanhamento toda semana. [...] Alguns desses a gente está de olho, e [começam] a participar de clipes e a estar presente com a empresa FitDance”, disse, explicando como se desdobra o processo para entrar na rede. Para este ano, ele foi objetivo quanto às suas expectativas: “Como é 2018 para a FitDance? Internacionalizar cada vez mais”.