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‘Sou travesti de espírito’: Mari Antunes comenta ligação do Babado Novo com público LGBT

Por Lucas Arraz / Júnior Moreira

‘Sou travesti de espírito’: Mari Antunes comenta ligação do Babado Novo com público LGBT
Foto: Tiago Dias / Bahia Notícias

Uma das estrelas da nova geração do axé e vocalista do Babado Novo, a cantora Mari Antunes responde por uma nova alcunha: a de diva. A nova agenda de shows da banda percorre boates LGBT em Salvador e em todo o Brasil e a cantora é só comemorações quando o assunto é o novo público. “Eu me sinto muito abraçada. É um público que eu tenho muita afinidade já que tenho muitos amigos LGBTQ”, conta. Toda essa história começou depois que o Babado começou a fazer seus ensaios de verão na San Sebastian, boate localizada no Rio Vermelho. A partir daí nasceram vários convites para tocar em casas pelo Brasil, inclusive na Victoria Haus, uma das maiores boates gay do país. “Eu era do babado, mas nunca achei que tinha vocação para Diva”. Mas a relação com o novo público “Colou, Bateu e Ficou”. “Sou uma travesti de espírito e luto pela felicidade total, então nos ajustamos de um jeito bem natural”. Neste domingo, o Babado se apresenta no por do sol da Amsterda Pop Club, boate localizada no Rio Vermelho, e canta ao lado da drag queen Pabllo Vittar no próximo dia 7 de dezembro no Alto do Andu. No repertório do show estão músicas que fazem parte da  história da banda, clássicos do axé “daqueles que fazem as pessoas virem para Bahia no Carnaval", músicas novas e hits da atualidade, como a música “Sua Cara”, repaginada com a percussão baiana. Mas a novidade que mais chama atenção nesta nova fase colorida do Babado Novo é a inclusão de um balé Stiletto. Dançarinos com salto entram no palco com Mari e batem cabelo com ela no início do show. “Queremos levar diversidade para o palco, sair do enquadramento. Eu quis abrir esse leque até no balé”, discursa a vocalista. A nova formação de dançarinos estreou na participação da banda na festa a fantasia San Fantasy e desde lá está presente em todos os shows do grupo. Confrontada sobre a possibilidade da incursão para o "lado rosa da força" afugentar os fãs héteros mais antigos da banda, Mari se mostrou tranquila:  “Esse povo não sabe o que está perdendo”. “Quem for para o primeiro show em casa LGBTQ não vai deixar de ir. Lá não importa se você vai beijar na boca de homem ou de mulher, o público está lá para se divertir e você não vê uma briga, uma confusão. É só amor e alegria. O hétero é super bem vindo”, convida a cantora. Diversidade no público, diversidade na música. O Babado Novo atualmente divulga seu novo single “Molinha”. A música é um axé com influências do quizomba, ritmo africano, e abusa de toda a sensualidade da cantora. “ Tem dança, eu tô dentro”, diz. Apesar da influência de ritmos que estão fazendo sucesso no mundo, Mari garante que a faixa não foge do estilo que consagrou a banda:  “O axé é uma mistura que leva alegria, que faz a galera dançar e contagia. A gente continua fazendo isso, mas de uma forma que está incluída no contexto atual da música”. “Molinha” fará parte de um novo EP do Babado Novo que contará com cinco músicas inéditas e um pouco de toda a diversidade que a banda vem absorvendo, com influências da música eletrônica e do axé romântico.