Após polêmica sobre Rock in Rio, Anitta fará seu próprio festival: ‘Sem preconceitos’

A cantora Anitta vai lançar o seu próprio festival de música. De acordo com o colunista Ancelmo Góis, do jornal O Globo, a empresária quer um evento “democrático” e “sem preconceito” – a ideia é dar espaço para ritmos como funk, samba e pop, inclusive misturando os estilos no mesmo palco. O festival deve ter artistas brasileiros e internacionais e acontecer no Brasil em datas diferentes de 2018. A informação foi divulgada dias depois do início de uma polêmica com o Rock in Rio. A cantora foi cogitada pelo público que chorava pela falta de Lady Gaga no primeiro dia do evento (entenda aqui), mas o criador do evento, Roberto Medina, disse que ela não estaria “preparada” para o palco mundo. Depois, o empresário decidiu fazer um convite para Anitta se apresentar na edição do festival em Lisboa, em 2019, desde que fosse feito um show diferente do habitual. “Sim, o convite foi feito. A mudança da essência do show para que ele fosse mais pop foi um pedido. Mas não me sentiria confortável em renegar minha essência e maquiar o ritmo que me fez chegar onde estou. Também acho que não seria justo com meu público e com a série de pessoas que dependem do funk, com o qual me comprometi a levantar a bandeira e ajudar a crescer da maneira que o mesmo fez comigo. Mas tudo é conversável. Se eu puder fazer um show autêntico como todo artista faz, vou adorar fazer RIR no Rio ou em qualquer lugar do mundo. Seria um prazer enorme”, avaliou, em entrevista à revista Quem. Desde julho deste ano, Medina já indicava que o funk não teria espaço no palco principal do seu festival. "Não tenho afinidade com a música dela, não achei que encaixava, mas ela está indo para um caminho mais pop que a aproxima mais do Rock in Rio, como a própria Ivete entrou nesse caminho", disse à Folha de S. Paulo, antes de sugerir um espaço só para o gênero: "Estou trabalhando uma ideia de fabricar uma favela dentro do próximo festival. Colorida, mais bonita, mais romântica, para ter a música da favela, fazer uma seleção [de artistas] nelas, empolgar o pessoal de lá".