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Leo da Estakazero nega críticas, mas diz que sertanejo é ritmo que mais 'agrediu' o São João

Por Júnior Moreira / Bárbara Gomes

Leo da Estakazero nega críticas, mas diz que sertanejo é ritmo que mais 'agrediu' o São João
Foto: Tiago Dias / Bahia Notícias

Depois de questionar a participação de atrações como Luan Santana e Léo Santana no São João da Bahia, o cantor Leo Macedo da banda Estakazero esteve no Bahia Notícias para falar de sua opinião sobre o cenário atual das festas juninas e defender seu estilo musical. O forrozeiro explicou que não faz crítica pessoal aos artistas, nem desvaloriza o potencial dos colegas de profissão. No entanto, ele não concorda com a presença de cantores de outro ritmo na época do forró. “O Rock in Rio é o lugar do Rock... O São João é obvio também que é o momento do Forró. Sertanejo não é Forró. O fato de fazerem um show pra frente, mais dançante, não o caracteriza como tal. Foi o ritmo que mais agrediu o São João. Eles têm uma mídia muito grande e invadiram a festa. Mas são fora de contexto, não fazem alusão nenhuma à cultura nordestina”, pontuou o vocalista. Há 16 anos no comando do conjunto, o cantor disse ser bem flexível com as variações do seu ritmo. “Já existe uma polêmica entre os forrozeiros que Aviões do Forró, Magníficos, Calcinha Preta não é forró. Eu não penso assim. Eu sou muito mais mente aberta. Nosso protesto hoje é o forró como um todo”, explicou, ao destacar que é preciso manter a tradição de forrozeiros nas Praças de São João. “O que tem menos se visto na festa junina é o forró. São muitas festas. Várias situações levaram a essa degradação do forró dentro do evento junino, quando na verdade seria um momento de investir. A música sertaneja está na crista da onda... Invadiu até o Carnaval da Bahia. Tem cidades que Anitta é a atração do São João! Sou fã dela, não estou falando mal, mas não tem nada a ver estar numa praça de São João”, avaliou o forrozeiro, que apesar da crítica, disse compreender a presença dessas atrações quando se trata de eventos de camisa ou festa fechada.

Quando questionado se essa opção não é um reflexo do desejo do próprio público, ele alerta. “Não acho que é um anseio das pessoas. Tem gente que vai atrás de balada, ‘azaração’, a galera da curtição. Mas existe o público que quer curtir o São João. Tenho amigos que vão pra Mucugê onde tem o forró autêntico. A festa não precisa de celebridade. Não é legal. As pessoas antigamente saíam pra curtir as bandas na praça, o frio do interior, o cheiro de pólvora, de fogueira, a camisa quadriculada, a bota. Eu vivi muito isso”, relembrou o cantor, questionando o futuro da festa junina. “Isso tem que ser dialogado com autoridades, secretários de cultura, prefeitos”, ressaltou. Embora faça críticas a artistas como Luan Santana nos festejos juninos (veja aqui), Leo disse admirar o cantor e até tem uma música do sertanejo no repertório. “Tocamos a música ‘Estaca zero’, que é uma parceria com a Ivete. Até falo que foi uma homenagem dele pra gente”, brincou. Por fim, ressalta que, apesar das críticas, há o lado positivo. Segundo ele, as festas aumentaram e lugar para tocar “não tem faltado”. Vale lembrar que a Estakazero lançou no mês de março um álbum novo, chamado “Todo Seu”, nome da música gravada com a participação do cantor Levi, do Jammil. Confira: