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Giselle Itiê relata estupro aos 17 anos: ‘Senti nojo de mim, vergonha, medo’

Giselle Itiê relata estupro aos 17 anos: ‘Senti nojo de mim, vergonha, medo’
Foto: Reprodução / TV Record
Ao participar da coluna “Na Real” da revista Glamour, a atriz Giselle Itiê contou uma história triste da sua vida pessoal. Ela foi estuprada, durante uma viagem, por um namorado de 32 anos. Na época, a atriz era virgem, tinha 17 anos e achava que o namorado era o amor de sua vida. Confira trechos do relato da atriz, publicado na terça-feira (10): “X propôs que a gente dormisse em uma casa separada dos outros, cada um em um quarto. Mas ele disse que iria me visitar. Na hora de dormir, era uma sensação boa, coração batendo forte, sabe? Quando ele apareceu na primeira noite, fiquei sem saber o que fazer. E ele vinha com jeitinho, dizendo que eu era a mulher da vida dele (...) Em uma das noites, ele pegou pesado. Quando me dei conta, meu namorado foi substituído por um estranho ofegante que não queria me escutar. Implorei para ele sair de cima! Quando comecei a chorar, ele decidiu parar e saiu do quarto magoado. (...) No dia seguinte, X pediu desculpas, disse que me amava e garantiu que iria me respeitar. Escureceu, e ele teve a ideia de irmos a uma boate. Eu, minha cunhada, todos falamos não, mas ele me convenceu. Chegando lá, lembrei da minha mãe e pedi um suco de laranja com bastante gelo no bar. Ele sorriu para mim. Pensei no quanto ele era lindo, dei um beijo nele e disse: 'Te amo e vou ao banheiro'. Fui. Voltei. Bebi. Fim. MENINAS, TOMEM CONTA DOS SEUS CO(R)POS! Quando tinha 17 anos, fui estuprada pelo último homem que eu poderia imaginar. O castelo caiu e fiquei soterrada. X me desejou boa-noite e me chamou de Cinderela. Acordei. Olhei para o lado e lá estava ele, dormindo. Olhei melhor e o vi nu. Susto. Me olhei. Nua. O chão forrado de garrafas vazias. Eu forrada de amnésia. Foi difícil sentar. Então vi o que eu já imaginava. Perdi a virgindade. Me perdi. Sem saber o que fazer, me tranquei no banheiro. Senti nojo de mim, vergonha, medo. O que aconteceu? Notei meu corpo machucado, roxo, mordido. Não conseguia pensar nem chorar. Só queria o abraço da minha mãe”, relatou a atriz, que na época contou a violência apenas para a mãe. Com medo da reação da família, elas preferiram não expor o caso. Giseli ressaltou que depois do estupro, os sonhos de “princesa” acabaram, sentiu-se “oca” por algum tempo e se recuperou com a ajuda da mãe e de terapia. “Estamos (sobre)vivendo na cultura do estupro. A cada 12 segundos uma mulher sofre violência no Brasil. Ou seja, todo movimento é importante para chegarmos mais perto do fim da desigualdade de gênero. Foi duro escrever este texto, mas isso me fortaleceu ainda mais. Meninas, precisamos nos unir! Nosso futuro agradece”, concluiu.