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DVD de 30 anos: Sampa Crew promete homenagem a Dani Voguel, morta em 2013

Por Júnior Moreira

DVD de 30 anos: Sampa Crew promete homenagem a Dani Voguel, morta em 2013
Fotos: Tiago Dias / Bahia Notícias
Em uma rápida passagem pela Bahia em 2015, o vocalista do Capital Inicial, Dinho Ouro Preto, afirmou ficar impressionado com o poder comemorativo que Salvador possui, pois, segundo ele, “o DNA da cidade se caracteriza por deixar muito claro como apreciam festa. Os eventos mostram ao Brasil a real do local”. Essa justificativa seria suficiente para um grupo de fora escolher a capital baiana como palco da gravação de um registro? Talvez. Porém, para o Sampa Crew vai além disso. Gravar o DVD comemorativo de 30 anos de carreira aqui é “a forma que encontramos de retribuir tudo que o público faz pela gente. Em 2011, fizemos uma promessa e agora vamos cumpri-la. Salvador foi escolhida por nós e, de certa forma, também escolheu a gente”, contam. E assim será. O grupo paulista, comandado por JC Sampa, Slow Jam, Ricardo Anthony e Junior Vox, sobe ao palco, nesta terça-feira (11), a partir das 21h, no Cais Dourado, e promete trazer o que o conjunto reuniu de melhor ao longo do tempo. “Dessa vez, optamos por fazer só o romântico com soul. Não terá funk, reggaeton, pagode. Vamos apostar no nosso estilo de raiz mesmo e temos certeza que o público irá adorar. Além do mais, reunimos a formação que eles mais estão acostumados a ver”, explicam, ao lembrarem que esse será o primeiro registro audiovisual de Junior Vox após retorno ao conjunto em 2015.  “Fiquei fora durante dois anos para fazer outras coisas, mas minha relação com o Sampa Crew sempre foi emocionante. Estou muito feliz”, comenta o artista. 
 

 
Para o show, eles explicaram o porquê de não chamar grandes nomes da música popular. “É engraçado essa cobrança por participações, né? Primeiro, não pegaríamos alguém só pelo nome, sabe? Por exemplo, não chamaríamos Ivete Sangalo, por mais que gostemos dela, pois ela não se identifica com nosso trabalho. Não é por ela, mas por não ter um laço”, constatam. Pensando nisso, decidiram trazer Debora Almeida, que já canta com o grupo em São Paulo. “Ela sim faz parte da nossa história, nos acompanha”, frisam. Seguindo a linha de pessoas que compõem a história do conjunto, eles também pretendem homenagear a cantora Dani Voguel, ex-vocalista da banda, que veio a óbito por pneumonia bacteriana, em 2013, enquanto morava em Salvador.  “Queremos a filha da Dani no nosso palco cantando a música ‘Em Meus Sonhos’, que é a canção dela. Vai ser emocionante para todos nós”, ressaltam. Ao total, 32 faixas irão compor o repertório. “É uma gravação direta; não terão pausas. É um show que se tornará DVD e isso é o mais legal, pois não será chato”, complementam aos risos.
 

 
Ao longo dos 30 anos de histórias, altos e baixos são comuns a qualquer equipe.  Para eles, o corte do vínculo com a gravadora Sony foi o momento mais delicado. “Tínhamos uma mídia enorme a nosso favor e ter que continuar sem isso foi muito difícil. Muito mesmo. Porém, olhando hoje, vemos o quanto isso é engraçado, pois agora fazemos questão de estar sem elas, pois não servem pra mais nada. Inclusive, todos os três trabalhos que realizamos enquanto parte desse circuito não foram os nossos melhores; não era a gente de verdade”, argumentam. Elencadas as dificuldades, exemplificar as conquistas foi simples: “O nosso DVD é uma delas, mas principalmente o público que veio depois da época de gravadora, sabe? Porque é reafirmação do nosso trabalho mesmo”, salientam. Em seguida, completam revelando a admiração que sentem pelos baianos do Harmonia do Samba. “Eles vieram da mesma situação que a gente. Esse é o legal. Você conquistar um grande público, sem precisar estar o tempo todo na mídia, sendo massificado. Rádios, TVs, jornais são sempre bem-vindos, mas entender que é temporário e, a partir disso, conquistar fãs para te acompanharem é o maior desafio. Eles têm isso, assim como nós. Não é pra qualquer um gravar um DVD em Salvador, sendo de São Paulo”, ressaltam. Por fim, reforçam que as maiores surpresas vêm sempre dos novos admiradores. “É incrível quando vemos crianças escutando nossas músicas. Poxa, temos 30 anos e o público segue renovando. É o máximo, pois o normal seria eles irem atrás de artistas mais contemporâneos”, confessam. Para aproximar mais ainda os fãs, o conjunto criou o Sampa Crew app, disponível para todos celulares, onde estão disponibilizados, de forma gratuita, os 14 álbuns da longa trajetória. “Não pensamos em vender nada, queremos apenas que as pessoas tenham acesso”.