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Entrevista

Preta Gil rebate preconceitos da internet e comenta projetos: ‘Gosto de experimentar’

Por Júnior Moreira

Preta Gil rebate preconceitos da internet e comenta projetos: ‘Gosto de experimentar’
Foto: Reprodução / Facebook
Lá no início dos anos 2000, mais especificamente em 2003, Preta Gil deu seus primeiros passos na carreira musical. Deixou a vida de produtora musical, libertou o desejo sufocado pelos vocais e colocou o corpo e alma no novo projeto. Literalmente. Filha latente do tropicalismo, onde a liberdade se fez presente nos discursos de seu pai, Gilberto Gil, seu tio Caetano Veloso e sua madrinha, Gal Costa, Preta se despiu dos padrões midiáticos e surgiu nua na capa do CD "Prêt-à Porter". Pronto. Foi o suficiente para conhecer o lado bom e ruim da exposição. De lá pra cá, com a experiência, aprendeu a se impor contra as críticas, reprovações e ataques, como o mais recente caso de racismo que sofreu nesta semana na internet (veja aqui), conquistou seu público, estabeleceu-se no cenário midiático, mas um lema não muda: "Continuo certa que ser honesto com si mesmo(a) é a única saída". Em entrevista ao Bahia Notícias, a artista contou sobre seu retorno a Salvador, novas músicas, parcerias, amizade com a Ju de Paulla (saiba detalhes aqui), Snapchat, casamento, filhos e neta. Confira:
 
Preta, você retorna a Salvador com o show resultante do DVD "Bloco da Preta". Como tá a preparação? O que seus fãs podem esperar? Algum convidado especial? 
Estou sempre pronta para voltar a Salvador; aqui é minha segunda casa. Os fãs já sabem o que esperar: muita festa, muita música pra gente cantar junto. Porém, esse não será um show igual ao do DVD que tem uma bateria no palco. É uma festa comigo e minha banda, mas a animação não é menor. Quanto aos convidados, o principal será o público baiano que é sempre um número à parte. Contudo, quem quiser chegar será sempre bem-vindo. Gosto de surpresas. 
 
Você já disse diversas vezes que Salvador é também a sua casa. Tocar aqui é diferente para você? Por quê? 
Porque me dá aquela sensação de cantar na sala da festa da família, sabe? Eu me sinto parte do público; é como se eu fosse a "prima" deles. Conheço as pessoas, a cidade, os modos, as modas, tenho muitos amigos também. É muito bom ser "de casa". 
 
Por falar em "casa", você já pensou em voltar a morar aqui? 
Quando posso, vou pro nosso "pouso" familiar em Salvador. Fujo dos hotéis para justamente ter a sensação de nunca ter saído de Salvador. Seria a volta da que nunca foi de vez (risos). 
  
Você é considerada a rainha do carnaval de rua do Rio de Janeiro. Quando teremos um trio com Preta Gil no nosso carnaval? Em 2017? É uma intenção? Por que ainda não aconteceu? 
É uma intenção desde que sou pequena e subia no trio de Dodô, Osmar e Armandinho. Frequentei sempre o carnaval. Acompanhei Margareth, Daniela, Ivete, Claudinha; todas as bandas e os cantores. Sinto-me parte disso tudo. Porém, o Bloco da Preta no Rio é de graça pro povo e gostaria que fosse assim aqui também. Uma hora a gente consegue e chegamos aqui. 
 
Sua última música lançada foi "Te Quero Baby", uma composição do Duh Marinho, que teve o primeiro clipe gravado totalmente pelo Snapchat. Como surgiu a ideia? E como foi a recepção dos seus fãs? 
Então, foi uma dessas ideias que a gente não pensa muito e quando vê já está fazendo, sabe? Fui pioneira e lançamos no momento em que todo mundo estava descobrindo o aplicativo e a repercussão foi ótima. Gosto de experimentar coisas novas. O Snap me aproximou mais ainda do público e fazer um clipe na mesma linguagem foi uma consequência dessa relação.
 
 
Por falar em música, você está gravando uma nova canção composta por Ana Carolina para você. O que pode nos adiantar da música? Nome? Quando será lançada? Vai ser a música de divulgação de um novo projeto? 
Na verdade, estou gravando faixas aleatórias, produzindo uma a uma sem pensar em data de lançamento; sem tentar fechar tudo em um formato pré-determinado. Tenho escutado muitas coisas novas, mas a Ana sempre aparece com uma canção feita sob medida. A gente se entende e o público gosta dessa nossa parceria. Ela sabe como falar com minha galera. 
 
Aliás, você e Ana são muito amigas e ela já fez "Stereo" e "Sinais de Fogo", grandes sucessos da sua carreira. Como é essa parceria? 
É uma amizade antes de ser parceria. Eu produzi o primeiro clipe dela antes de ser cantora. Aliás, ela foi uma das que me incentivou a fazer música. Temos essa troca sempre e sou grata por poder dar voz a suas canções. 
 
 A Ju de Paulla trabalhou contigo por alguns anos e é uma de suas madrinhas de casamento. Agora, ela está despontando como uma “digital influencer” (relembre aqui). Sente orgulho em vê-la conquistando novos espaços? Como está sua relação com ela? 
A Jude é como família. Vivemos muitas e boas coisa. Sempre torci por ela, vi desabrochar e quero vê-la brilhar sempre. Me casei, ganhei uma neta e o dia a dia em casa se adaptou aos novos tempos. Jude é parte de mim. É cria do meu amor pelo meu público e é um orgulho vê-la descobrir seus talentos, evoluir. 

 

Por falar em casamento, alguns veículos a acusaram de se beneficiar da Lei Rouanet para sua festa e mesmo após a comprovação da inverdade, muitas pessoas entraram em suas páginas para te criticar. Como você enxergou isso? Você acha que a intolerância está mais escancarada com as redes sociais? Como você se sente em relação aos 'haters'? E como tenta blindar você e sua família? 
Continuo certa que ser honesto com si mesmo(a) é a única saída. 
 
Seu marido, Rodrigo, virou um parceiro para todos os momentos. Você tenta administrar para que os problemas de trabalho não atrapalhem a rotina do casamento? 
A gente vive junto e a vida é o próprio guia e escola. Estamos vivendo e aprendendo. 
 
Nos últimos meses, você tem divulgado momentos com a pequena Sol. A chegada da sua neta aflorou mais ainda a vontade de ser mãe novamente? A família, os amigos e/ou os fãs têm feito pressão?  
Sou filha de uma grande família, tenho muitos irmãos, enquanto eu puder sempre haverá a possibilidade de colocar mais um Gil no mundo. Mas o futuro a Deus pertence.