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Entrevista

‘Quem tem a felicidade de cantar o amor tem vida útil maior’, diz Berguinho, do Seu Maxixe

Por Aymée Francine

‘Quem tem a felicidade de cantar o amor tem vida útil maior’, diz Berguinho, do Seu Maxixe
Foto: Luiz Fernando Teixeira / Bahia Notícias
"Whisky pro povo, garçom!". Foi assim que, no fim de 2007, o grupo Seu Maxixe começou a história de sucesso do sertanejo na Bahia. Presente na redação do Bahia Notícias, Berguinho, vocalista do grupo, falou sobre a história da banda, do rumo que o sertanejo tomou ao longo dos anos e de sua nova música, 'Bagaceira' - uma parceria com o paraibano Gabriel Diniz. Na conversa, o 'maxixeiro' contou que a escolha pelo sertanejo foi natural, a partir do momento que os amigos queriam cantar sobre o amor e que, ele não acredita que o sertanejo romântico esteja em baixa. "O romantismo nunca vai morrer. A música romântica é eterna. Quem tem a felicidade de ter em seu repertório sempre músicas românticas tem uma vida útil da carreira bem maior", explica ele, destacando que as mudanças ocorridas vieram de um novo público adquirido pelo gênero musical. "O sertanejo saiu pra coisa do entretenimento, saiu do tradicional, do romantismo e da dor de cotovelo. Entrou no esquema de balada, trazendo os jovens. Aliás, eu não sei se os jovens aderiram ao sertanejo ou se o sertanejo focou nos jovens. Mas foi uma sacada muito legal pra levantar o ritmo", opina o cantor.
 
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Vocês estão lançando agora uma nova música com o Gabriel Diniz, ‘Bagaceira’, né? Qual a história dessa música? De onde surgiu a parceria?
A gente teve a oportunidade de tocar juntos e no camarim mesmo a gente resolveu dar sequência a essa parceria. Fabrício, que é um dos integrantes do Seu Maxixe, e mais dois amigos tinham composto a música e nós mostramos pra Gabriel e ele gostou. Porque a música tem essa pegada que é bem características dele, tem uma coisa de forró. Ele foi muito generoso, veio pra Salvador pra gravar, saiu de João Pessoa. E a música é massa, tem um swing diferente, que tem uma coisa de verão, balada, enfim... essa linguagem que tá rolando muito.
 

Em 2007, quando a banda começou, vocês tinham o mercado sertanejo baiano só pra vocês. Fazendo várias releituras e com o sucesso de HD vocês conseguiram despontar na época, e se mantém até hoje no mercado. Como foi ver o boom do sertanejo, aqui na Bahia, depois que vocês já tinham alcançado algum sucesso?
Então, na verdade, quando a gente escolheu fazer o gênero, ou quando encarou fazê-lo, foi uma coisa muito natural. Eu sempre gostei muito de cantar músicas românticas, independentemente de onde estivesse. Passei por bandas de forró, lá no Rio Grande do Norte, em Natal – que é minha terra – e quando eu vim pra cá, vim também pra cantar forró, sempre me identificando mais com as músicas românticas. Aí quando iniciamos o projeto do Seu Maxixe, começamos a inserir alguns clássicos do sertanejo, sem pretensão do que estávamos fazendo. Então, nossas composições começaram a fluir nesse sentido, das músicas mais pops, românticas e tal. Lembro que Bruno e Marrone eram uma referência muito forte pra gente. Nesse período, também, 2007/2008, Victor e Leo estavam muito fortes aqui também, aí inserimos algumas músicas no repertório. Depois veio o Jorge e Mateus, que coincidentemente tem mais ou menos o mesmo período de carreira que o Seu Maxixe e, então, a gente começou a mostrar aqui esse movimento que já estava forte no sudeste. Nossas músicas também eram relacionadas a esse som. Foi muito natural, não pensamos “ah, vamos fazer porque está fazendo e vai ser sucesso”, sabe? A gente gostava de fazer e, então, começamos – praticamente – a mostrar esse movimento aqui em Salvador e no interior da Bahia. Quase 10 anos depois, muita coisa mudou. A gente se profissionalizou, estamos tentando evoluir cada dia mais. Não só em termos artísticos, mas em termos de estrutura: escritório, ter o controle da carreira. São coisas que só com tempo e experiência podemos adquirir. 

No mercado, muita gente resolveu fazer esse som. Não sei se tiveram a mesma inspiração que tivemos, de gostar e ter afinidade com o gênero. Ou até de ter competência pra fazer, porque acho que não é um som que qualquer um, da noite por dia, resolve fazer e consiga fazer bem. Modéstia à parte, eu acho que o Seu Maxixe consegue fazer o som com muita qualidade. Tem muita gente bacana fazendo, a gente olhando o cenário percebe que tem muita gente bacana aqui na Bahia fazendo o estilo, o sertanejo por si só ele já abre esse leque de opções e gêneros de vários estilos, ele toca forró, samba, pop, rock, música caipira. Tem muita influência dentro de um gênero só. O sertanejo também saiu pra coisa do entretenimento, saiu do tradicional, do romantismo e da dor de cotovelo. Entrou no esquema de balada, trazendo os jovens. Aliás, eu não sei se os jovens aderiram ao sertanejo ou se o sertanejo focou nos jovens. Mas foi uma sacada muito legal pra levantar o ritmo. Porque a galera das faculdades, da balada, começou a curtir o gênero. Os próprios diretores musicais começaram a inserir células e letras que envolvem essa galera mais jovem, então eu vejo que muita coisa foi se reciclando. Depois, o sertanejo começou a beber muito da fonte da Bahia. A gente tem exemplos, como a música ‘Ai Se Eu Te Pego’, que é de compositores baianos. A música estourou mundialmente com o Michel Teló, mas já tocava aqui na Bahia com o Cangaia de Jegue. Eu ouvi ela, a primeira vez, em Feira de Santana, com os ‘Meninos de Seu Zé’, que é um grupinho de lá. Então, eu acho que a gente acabou contribuindo também para esse movimento forte atual.

Houve, ou ainda há, preconceito com um sertanejo fabricado na Bahia?
Não. Em momento algum. Nós tivemos a oportunidade e tocar em Goiânia, São Paulo, Minas. No rodeio de Barretos – onde o sertanejo predomina e, nós chegamos lá com o sertanejo baiano e fomos muito bem recebidos. O sotaque, o swing, apesar de também estar fazendo música sertaneja, chama a atenção e eles acham muito interessante, não é à toa que, hoje, os artistas mais modernos usam do nosso swing. O próprio arrocha, o pagode. O arrocha hoje, está muito misturado. O arrocha é nosso, mas o sertanejo do sul e sudeste resolveu abraçar e tudo se mistura muito. Eles sempre admiraram muito a gente, assim como a música baiana é admirada no mundo todo. Nós nunca sofremos preconceito nem fora e nem aqui, graças a Deus. Tanto que temos esse resultado que é o sucesso.
 
 

 
Berguinho, você é de Natal. Como veio parar em Salvador?
Então, eu vim pra cá através de um convite. Na época eu conheci Kiko Sali, que era da Pimenta Nativa. Ele foi fazer um show em Natal. Na verdade, nos reencontramos, porque eu o conheci de verdade quando ele era da banda Mastruz com Leite... Kiko teve um período feliz no grupo, que ele gravou uma música chamada ‘Meu Cenário’, a galera do forró sabe. Eu tive a oportunidade de conhecer ele nesse período. Um ano depois ele já estava na colher de pau, e foi fazer um show em Natal, nos reencontramos, fiz uma participação num show dele e ele disse ‘Pô, eu vou te levar pra Salvador. Se você quiser, acho que lá vai ser bacana’. Aí pintou a oportunidade de tocar nunca banda de forró  e eu vim, passei seis meses na banda ‘Perfume de Mulher’. Cheguei aqui em 2003 aqui. Foi engraçado, fui conhecer o carnaval de Salvador meio que de pijama, uma coisa meio moletom... pessoal olhava e já dizia ‘Esse cara não é daqui’. Mas é isso, minha chegada aqui foi muito bacana, e sempre uma crescente. Fui muito feliz e conheci pessoas bacanas e importantes para o meu crescimento aqui em Salvador.

Em 2013, você lançaram o primeiro CD e DVD com muitas músicas autorais, né? Qual a sensação, depois de alguns anos de estrada, poder realizar esse tipo de projeto?
É uma emoção muito grande. É a realização de um sonho, assim, pra quem canta, quem tem um grupo. É um sonho você conseguir realizar um CD ou DVD com tantas músicas que você compôs ali na sua casa, e ver o povo cantando. É uma emoção muito grande, passa uma historinha assim na cabeça. A gente conseguiu fazer essa gravação aqui em Salvador, foi um evento muito bonito, a gente contratou uma equipe de Goiânia pra captar as imagens. Eles já tinham ganhado o prêmio de ‘DVD do ano’, pelo primeiro DVD de Cristiano Araújo – a gente viu e tava muito bonito. Ai a gente resolveu chamar os caras pra fazer o nosso por isso. Muito competente, ficou tudo muito bonito. Ele é um DVD independente, né? A gente não tinha, e nem tem, gravadora. Então esse DVD continua muito novo, apesar de ter quase três anos. São onze inéditas, de vinte e poucas músicas... realização de um sonho.

Como o público reagiu a essas músicas? Acredita que deu certo?
Claro! Todas elas... Algumas do Seu Maxixe a gente regravou, inédita, que ninguém nunca tinha ouvido, eram umas sete. Até hoje, a galera pede as músicas desse DVD por onde a gente vai. Isso surpreende muito... A gente foi tocar no norte de Minas, e esse projeto tava muito bem lá. Como já faz três anos que a gente gravou, a gente já queria mostrar um trabalho novo, as músicas novas, as músicas de trabalho... mas a galera não, queriam as músicas do DVD de três anos atrás. O baterista nem sabia algumas, mas a gente teve que improvisar na hora e fazer, porque o apelo da galera era muito grande
 

 
E os bordões? De onde surgiu essa criatividade e afinidade com o público em 2007, quando ainda não era uma ‘moda’ criar esse tipo de relação?
Os bordões também foram naturais, não teve nenhum gênio que chegou e falou ‘Falem isso que isso vai dar certo’. Eram as brincadeiras que a gente tem em casa, quando vamos almoçar na casa de alguém, tem feijoada... enfim. É uma coisa entre amigos que a gente acaba levando pro palco. ‘Vamos beber que amar tá difícil’, ‘Eu tô sofrendo, mas eu tô bebendo’, ‘Whisky pro povo, garçom!’. Aliás, essa última, eu ouvi uma dupla chamada Edu e Maraial falando, bem nesse comecinho de 2007/2008. Eles também estavam começando, acho que era o primeiro ano deles como dupla. Porque Marquinho Maraial é um músico maravilhoso. Arranjador, saxofonista, compositores de mão cheia. Os dois, aliás, são compositores de ‘HD’. Então a gente já tinha uma admiração por eles, e quando eles montaram a dupla a gente continuou ouvindo o trabalho, e ai quando eu vi a frase no palco, eu roubei. Literalmente. E acabou virando uma marca do Seu Maxixe. Porque a gente continuou brincando com isso e inserindo outros bordões que a gente ouvia ou criava. Hoje, a gente recebe muitas sugestões pra isso.

No ano passado, Gustavo Lima regravou uma música de vocês, a ‘Garrafa PET’. O que vocês acham dessa relação que os cantores que tem maior espaço nacionalmente têm de levar as músicas do nordeste para o Sul e Sudeste? Acreditam que o artista daqui acaba perdendo espaço?
Eles bebem muito da fonte do Nordeste né? Não só da Bahia, mas do Ceará, de Pernambuco. Os caras estão sempre atualizados e antenados no que está rolando. Hoje, com a ajuda da internet, é tudo muito rápido. A gente lança uma música aqui e o Brasil inteiro tem acesso. Eles fazem o filtro, sabem o que tá bombando aqui, o que não tá, o que tá funcionando, qual estilo de música que tá mais forte. Eles têm interesse não só em entrar aqui, mas levar o que tá rolando daqui pra lá. E aí, Garrafa PET foi uma música que a gente começou a trabalhar aqui e, um ano depois, o Gusttavo Lima levou. Foi muito legal, uma forma de reconhecimento, a gente encara dessa forma. A música, hoje, não é de ninguém. O autor faz a canção e através, até do WhatsApp manda pra, sei lá, dez de uma vez, e aí quem pegar primeiro, pegou. É meio que isso que funciona. Até porque os compositores vivem disso. Então, não tem problema nenhum uma música ser gravada por dois artistas. Claro que existe certa ética, uma questão de respeito por quem gravou primeiro. Existe um período pra ela ser trabalhado, ver se ela vai estourar ou não. E aí, se alguém quiser gravar novamente depois, não tem problema – foi o que aconteceu com a gente. Trabalhamos com ela um verão inteiro, um pouco depois, chegando no São João, e depois ele colocou no DVD dele. Eu ouvi, achei que ficou muito bom. Ele é muito bom.

No início da carreira vocês tocavam um sertanejo bem romântico. Com as músicas de Zezé di Camargo e Luciano, Bruno e Marrone... a própria HD, que é de vocês, é uma música extremamente romântica. Como vocês enxergam a mudança do mercado? O sertanejo romântico perdeu espaço?
O romantismo nunca vai morrer. A música romântica é eterna. Quem tem a felicidade de ter em seu repertório sempre músicas românticas tem uma vida útil da carreira bem maior. Acredito dessa forma. Não é uma estratégia nossa, por exemplo, ter músicas assim. Mas como a própria HD, a gente gosta muito. Eu gosto muito de cantar músicas românticas, e quando a gente recebe canções, sempre acabamos nos identificando mais com as românticas. Mas esse som que envolve a juventude, que tá bombando nas boates e tal, é uma tendência. Os próprios Zezé di Camargo e Luciano, que a gente tocava e toca ainda do nosso repertório – eles também gravavam nesse estilo, nessa linha. Mudaram toda banda pra ter uma sonoridade diferente. Algumas dessas bandas nos levaram músicos baianos, pra tocar, principalmente, na parte percussiva. Bruno e Marrone também tem música nessa linha... Jorge e Mateus. Tem uma galera que agente tocava, e toca, e admira que também foi seguindo esse som contemporâneo que o sertanejo moderno vem fazendo. Mas o romantismo vai sempre estar em alta e em evidencia.
 
 

 
O Seu Maxixe foi pioneiro em levar um bloco completamente sertanejo pro Carnaval de Salvador. Como surgiu essa ideia? Deu certo?
Foi uma loucura, né? Foi muita ousadia da nossa parte colocar um bloco 100% sertanejo no carnaval de Salvador. Primeiro ano, em 2010, os meninos da produtora Diva, que tem um know-how já disso, a galera do Harém, eles abraçaram a causa. A gente brincava no show, dizia que ia ter Seu Maxixe no carnaval, mas era mentira. (risos) Só que aí alguém acreditou e resolveu colocar a gente lá. E deu certo demais. Tinham três mil foliões no bloco, uma coisa que hoje é rara – com todos abadás vendidos. A gente vê qual a dificuldade de colocar um bloco na rua, mas a gente sempre teve um público fiel que sempre nos acompanha, não só aqui em Salvador, mas como no interior – então muita gente veio do interior pra nos acompanhar também. Outra coisa é que o bloco tinha um público mais velho, uma galera de uma faixa-etária acima de trinta anos, muito casal, muita mulher no bloco. Isso torna o bloco mais tranquilo, mais agradável, vamos dizer assim, por não ter confusão, empurra-empurra. O que são coisas que a galera sente muito medo no carnaval. O próprio repertório do Seu Maxixe já ajudava também, porque era um repertório muito romântico. Eram todas as músicas românticas de Leonardo, Zezé di Camargo, Bruno e Marrone, Jorge e Mateus, Victor e Leo, Chitãozinho e Xororó. Tudo que a gente tocava no show, como pop, a gente adaptou ao trio elétrico. E, no primeiro ano, a gente só tocou música sertaneja, não tocamos nenhuma do axé, da Bahia. Mas não por nada, a gente queria ter o desafio, a vontade de fazer só com música sertaneja. É claro, a gente adaptou pra batida do axé, então a gente chamava de ‘Seu Maxixe Elétrico’. Colocamos mais dois percussionistas, e as claves da música baiana no sertanejo. Funcionou demais, deu muito certo, ficou muito bonito. Três mil foliões de chapeuzinho de cowboy, com a canequinha na mão. E aí já são seis anos no carnaval de Salvador: quatro anos com o nosso próprio bloco e dois com trio sem cordas.

Como funcionarão os ensaios de verão da banda? Vocês planejam levar convidados...
Essa coisa do ensaio começou com os blocos antigos, que faziam ensaio pro carnaval, né? E ai, acabou virando meio que uma referência pra quem pretende fazer os seus eventos que antecedem o carnaval, e a gente não quis ficar de fora – há alguns anos a gente vem fazendo isso. Esse ano a gente escolheu o Hotel Sol Bahia, que já foi uma boate, mas ela ficou um grande período desativada, e agora fizemos a reinauguração da boate. Começamos com os ensaios ‘Seu Maxixe- Sem Limites’ lá e foi muito legal, porque tem o conforto do hotel, o cara pode se hospedar, tem promoção pra casal. Então, depois do show, que já é um show diferente porque é mais longo, o cara só faz subir, tomar café e descansar um pouco no hotel. Isso é uma tendência também, tem muita gente fazendo isso – Aviões do Forró, Saulo, uma galera já fez. Aí, agora no verão, a gente vai continuar, fazendo o ‘Seu Maxixe – Sem limites de verão’, sempre com participações, uma coisa bem diferente. A primeira confirmada, pra sexta agora é Thierry. Mas já falei com amigos que me confirmaram e só ficamos de acertar a agenda deles, como Leo Santana, Vina Calmon. É um show bem voltado pra essa coisa da balada, e do verão, sem limites mesmo.

Além dos ensaios, quais os planos da banda para este fim de 2015 e 2016?
Nós fizemos uma pré-seleção de músicas que pretendíamos lançar em um disco até o final do ano. Mas o mercado hoje é tão rápido, e as pessoas consomem tudo com tanta velocidade que a gente achou que seria um desperdício lançar um disco com dez, doze músicas. Então a gente decidiu ir lançando singles, como a gente fez com ‘Toca um arrocha aí’ e, agora, ‘Bagaceira’, que vai ser trabalhada pro verão. Além disso tudo, vem o carnaval. A gente recebeu o convite pra participar do Bloco Yes, então a gente vai puxar ele na quinta-feira. Tem alguns camarotes já fechados, que eu não me lembro todos. A gente recebeu o convite pra tocar no interior da Bahia, no Tocantins também... estamos tentando conciliar a agenda e a logística pra dar tudo certo. 
 

 
Neste domingo (22), você irá participar do Ensaio do Tchan, no show de Danniel Vieira. Qual a relação entre os dois maiores sertanejos baianos?
A gente tá sempre em contato, sempre se encontrando na noite, nos shows... trocando figurinhas através das redes sociais e aí pintou esse convite. Somos parceiros, somos amigos, estamos juntos nesse movimento sertanejo aqui na Bahia. Isso é importante pra que fortaleça o movimento, eu vou no ensaio dele, ele vai no meu, e a gente vai lá se divertir e cantar uma música pra galera.