Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Holofote

Entrevista

'Sempre levamos como incentivo', diz cantor da Chicabana sobre comparação com Chiclete

Por Júlia Belas

'Sempre levamos como incentivo', diz cantor da Chicabana sobre comparação com Chiclete
Kiko, cantor da Chicabana | Fotos: Jamile Amine / Bahia Notícias
O cantor Kiko, da banda Chicabana, se prepara para lançar o mais novo DVD do grupo, gravado em São Luís, no Maranhão. A banda, que tem nove anos no cenário do axé music, passou a englobar outros estilos musicais em seu repertório e promete "melhorar as coisas em um modo geral para que as pessoas que vão para o nosso show possam sair satisfeitas". Em entrevista ao Bahia Notícias, Kiko falou sobre as comparações do grupo com a banda Chiclete com Banana. "É um orgulho para mim que as pessoas falem isso, mas o Chiclete com Banana é uma banda que sempre marcou e a saída do Bell foi uma perda irreparável. Quando a gente estava acostumado, com quase 30 anos, aconteceu isso e prejudicou muito a música baiana. Mas acho que cada um sabe de si e bola para a frente", disse. Confira a entrevista na íntegra.
 
Esse CD foi gravado ao vivo em Serrinha, terra da Chicabana. Como foi se apresentar para o público de sua terra natal?
Esse é o terceiro disco que a gente gravou lá no Sítio da Chica. É um ambiente onde a gente se sente à vontade. Às vezes, quando a gente vai para um estúdio, acaba não se sentindo à vontade para gravar um CD. Lá, a gente montou um estúdio no sítio para fazer as gravações. Essa é a nossa terceira justamente por isso, para fazer alguma coisa e nos deixar totalmente à vontade. Todos os que nós gravamos lá foram ao vivo. Tem um DVD que está vindo agora, provavelmente no final de setembro, que foi gravado em São Luís e o repertório é parte, também, desse CD.
 
E como foi a montagem desse repertório?
O repertório da Chicabana, a gente tenta sempre fazer baseado nas músicas que estão tocando e fazendo sucesso nas rádios, além de músicas autorais também. Tem canções do sertanejo, do rock, de pagode... A gente coloca canções que fazem sucesso em vários estilos. Fazemos para que as pessoas possam se adaptar mais rápido ao trabalho que a gente está desenvolvendo.
 
 
Como está a recepção do público a esse novo trabalho?
No site Sua Música, ele já tem mais de 200 mil downloads. As músicas que a gente gravou, já tem outras bandas que estão cantando também. "Ou Some, Ou Soma", que é a nossa música de trabalho, outras bandas já estão tocando e no show tem uma recepção bem legal. A galera está curtindo e pedindo esse repertório novo. Com esses downloads, o pessoal já vai ouvindo, já vai curtindo.
 
Desde que vocês lançaram "Eu Quero Só Você", a relação com o público só aumentou. Depois desses anos, você considera essa música um divisor de águas?
"Eu Quero Só Você" foi um marco na história da Chicabana. A gente já tocava, tinha outras músicas, mas essa é uma música bem marcante, tem uma letra muito bonita. Não é porque fui eu que compus, mas eu acho que essa letra marca mesmo as pessoas. Já teve vários fatos que as pessoas contam com relação a essa música. Tem casos de pessoas que, há cinco anos, casaram ouvindo essa música.
 
Então é uma música que já marcou a relação de vocês com o público. Como é lançar outros trabalhos depois disso?
A gente tem outros trabalhos, até não tão recentes, que eu acho que também marcaram. Tem uma de uns dois anos atrás, que é "O Amor Da Sua Vida". E agora veio "Ou Some, Ou Soma", que tem uma letra legal. Acho que a gente está em uma fase legal da Chicabana. Não é uma fase nova, mas é uma fase bacana, a gente vive um bom momento. As pessoas estão se aproximando mais do nosso som, da musicalidade da banda, das músicas que a gente faz. Para a gente, é uma fase muito importante. A gente acredita que esse seja o começo de tudo, até porque a gente toca muito no Nordeste, faz show no Sudeste... Aqui em Salvador, a gente teve em 2011 uma fase muito boa durante o Carnaval, mas agora a gente está recomeçando o trabalho e eu acredito que é muito interessante.
 
A Chicabana tem um trabalho muito voltado para o axé, mas também tem influência de outros estilos, como o sertanejo. Como você encara essa variedade de ritmos?
Na Chicabana, a gente faz muito o que é sucesso. Tem muita música de sertanejo, já que o sertanejo está muito forte, tem várias canções bacanas. Tem várias pessoas que fazem o sertanejo e as músicas tocam muito nas rádios. A gente, na Chicabana, aproveita esse momento para colocar algumas coisas do sertanejo porque a gente costuma tocar o que as pessoas pedem, mas sem abrir mão do axé, das nossas composições e das nossas músicas. A gente faz muita coisa baseada nas músicas que os sertanejos fazem. O sertanejo, com certeza, aprendeu muito com o axé e a gente também costuma fazer alguma coisa voltada para eles para que as pessoas possam se identificar também nos shows.
 
 
Vocês também se envolveram com o forró e fizeram, nesse último disco, uma parceria com Wesley Safadão em "Tô Nem Aí". Como é a relação da Chicabana com ele?
Eu conheço Wesley há uns cinco ou seis anos. Ele gravou a música "Eu Quero Só Você" no início e depois ele gravou outra música que a gente já tinha gravado, que foi "iPad, iPhone, iPod, Ai Dentro". Agora eu já tinha um vínculo de amizade, de se falar, de se conhecer, e ele é uma pessoa muito bacana, muito simples. A gente tem raízes muito parecidas, ele também veio lá de baixo e, por ter esse laço de amizade, convidei ele para gravar. Ele demorou um pouco para responder, até porque a agenda dele é bem corrida, mas eu fiz o convite e depois de uns 15 dias ele me ligou e chamou para gravar. Eu gravei, mandei para ele em Fortaleza. Ele até está me devendo um clipe e eu fiquei de ir em Fortaleza para fazer um clipe de estúdio, mas ainda não teve tempo.
 
Nesses nove anos de Chicabana, sempre houve muita comparação com o Chiclete com Banana. Com a saída de Bell Marques da banda, como ficam essas comparações?
A gente sempre levou isso como um incentivo. Quando começamos, nós nos inspiramos muito na música baiana e principalmente no Chiclete. Depois, a gente buscou a nossa identidade, mas também cantando músicas do Chiclete e da Chicabana. A gente sabe que as músicas do Chiclete são eternas e a gente não vai deixar de tocar nunca. Só quando acabar a Chicabana ou quando a gente morrer. A comparação, a gente sempre levou como uma coisa boa, apesar de que eu acho que a minha voz não parece tanto com a de Bell. É um orgulho para mim que as pessoas falem isso, mas o Chiclete com Banana é uma banda que sempre marcou e a saída do Bell foi uma perda irreparável. Quando a gente estava acostumado, com quase 30 anos, aconteceu isso e prejudicou muito a música baiana. Mas acho que cada um sabe de si e bola para a frente.
 
E, para finalizar, o que vocês estão trazendo para o público de novidade?
Tem o DVD que eu falei no início, que provavelmente saia no fim desse mês. A gente foca muito no cenário, quer levar um cenário mais bonito para quem nos assiste. Temos um projeto novo que nós lançamos em São Luís, durante a gravação do DVD, que é o Camarote da Chica, e tem vários outros projetos que estão por vir para sempre levar o melhor para as pessoas que vão para o show, compram ingresso, são fãs... A gente sempre vem tentando melhorar as coisas em um modo geral para que as pessoas que vão para o nosso show possam sair satisfeitas. Quem faz a Chicabana é o nosso público.